sábado, 8 de dezembro de 2012

A velhice

No suplemento cultural Ípsilon do jornal Público, o grande destaque foi dado ao filme "Amor" de Michael Haneke.
Na entrevista, há uma pergunta (e consequente resposta) que destaco em especial:
- Porquê este filme sobre a morte nesta altura da sua vida?
- Porque fui confrontado com o sofrimento de um familiar ao qual tive de assistir sem poder fazer nada. Foi uma experiência dolorosa que me levou a abordar a questão em termos fílmicos. Não há ninguém que não seja afectado por ela na sua vida, razão pela qual creio que muita gente vá achar este filme mais acessível que outros que fiz. O envelhecimento e a decadência são temas que nos dizem respeito a todos. No entanto, a sociedade suprime do nosso campo de visão tudo o que tenha a ver com a velhice. Tudo acontece por trás de portas fechadas. É terrível que assim seja, e é por isso que a arte tem de se ocupar do tema.
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Michael Haneke tem razão quando refere que o envelhecimento é um processo da vida considerado tabu e que o cinema deve abordá-lo sem preconceitos. E é raro hoje em dia ver bons filmes sobre velhos e a velhice, como se fossem fenómenos alheios à vida quotidiana.
Porém, há dois anos escrevi um post dizendo que gosto de filmes de (e sobre) velhos e expliquei porquê. Quem quiser ler, é favor clicar aqui.
Quanto ao "Amor" de Haneke ainda não tive a feliz oportunidade de o ver...

3 comentários:

Hugo disse...

Ainda vi este novo filme de Haneke, mas concordo com o que ele falou.

Infelizmente o mundo cada vez mais é voltado para os jovens.

Os dramas da velhice tendem a ser escondidos.

Abraço

Vasco disse...

Se tiverem oportunidade, leiam antes a entrevista do "Expresso".
Quando vir o "AMOUR" tem que deixar o seu parecer :P

Abraço.

O Narrador Subjectivo disse...

Ainda não tive hipótese de ver este filme, mas cada vez mais me convenço que este homem é o maior pensador de cinema vivo.