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sábado, 27 de junho de 2015

Joy Division com site oficial

Finalmente está online o site oficial dos Joy Division com toda a informação que é preciso saber. Um site com design belo, eficaz e carismático. Como a música da banda de Manchester.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A morte do cinema segundo Borges

O site de cinema À Pala de Walsh entrevistou Pedro Borges, um dos mais importantes distribuidores e produtores de cinema portugueses (responsável, por exemplo, pela Midas Filmes). Borges não tem pruridos e diz o que pensa, como nestas duas questões cujas respostas eu subscrevo:

A morte do cinema, é verdade ou é retórica? 

Isso é para as pessoas se entreterem. O grande cinema deixou de ser arte popular. Se o John Ford ou o Hitchcock hoje fizessem filmes, não tinham espectadores nenhuns. Mas não foram os filmes que mudaram, foram as pessoas. O tempo de filas, semanas a fio, para ver filmes do Bergman ou do Truffaut acabou. 

Mas porque é que acabou? Foi o blockbuster? 

Não, foram as pessoas. Havia um certo tipo de pessoas com estatuto cultural e social para quem era obrigatório ir ao cinema ver esse tipo de filmes (como hoje é obrigatório beber 3 litros de cerveja ao sábado à noite ou ir ao futebol dar urros) e que ficaram aliviadíssimas quando isso deixou de ser obrigatório.

O resto da entrevista aqui.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

As influências artísticas no cinema

Não há artista que não sofra influências. Quem disser que não tem influências, directas ou indirectas, é um artistas intelectualmente desonesto. No cinema podem fazer-se muitas analogias mais ou menos óbvias que nos permitem afirmar que determinado realizador foi influenciado por outro determinado cineasta. É o exercício que o site Taste of Cinema fez: seleccionou 15 realizadores e indicou - explicando porquê - as respectivas influências estéticas. 
A título de exemplo: François Truffaut teve como mentor Jean Vigo; Michael Mann procura inspiração em Sam Peckinpah; ou Fritz Lang serviu como guia espiritual para Tim Burton.
Eis toda a informação neste link.

domingo, 8 de setembro de 2013

9 Imagens para cada filme

Pode um filme resumir-se em 9 'frames' (imagens)? Pode, desde que se conheça bem os filmes para seleccionar as imagens mais indicadas que sintetizem a essência dos mesmos. 
É o que faz o brilhante site "9 Film Frames": apresenta 9 imagens por cada filme. E estão representados filmes para todos os gostos, desde os maiores clássicos aos filmes de todos os géneros e cinematrografias do mundo.
Vale muito a pena descobrir mais aqui.





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Filmes visionários

Um dos melhores sites dedicados ao "outro" cinema que está nos antípodas do cinema de Hollywood: cinema experimental e vanguardista de todas as épocas históricas do cinema. É espanhol, chama-se, com toda a propriedade, "Visionary Film", e contém muita informação (biografias, trailers, livros, artigos, entrevistas, DVD, etc) para os amantes das vanguardas estéticas de todas as formas do audiovisual, multimédia e vide-arte.

sábado, 20 de outubro de 2012

Clichés sonoros

O mundo do cinema está cheio de clichés, não só narrativos e visuais, mas também sonoros. Exemplos? Sempre que alguém começa a falar num microfone, esse alguém faz sempre um ruidoso "feedback". Numa sequência de perseguição automóvel, tem de se ouvir sempre o som do chiar dos pneus no asfalto. Se um personagem se encontra em Paris, ouve-se música de acordeão; se estiver em Londres, o som do Big Ben; em Hong Kong, o som de um gongo; durante muito tempo, nos filmes clássicos de terror, qualquer porta que se abrisse ou fechasse, rangia assustadoramente. E por aí fora.
O site Film Sound tem uma deliciosa listagem de clichés sonoros nos filmes.
Ver aqui.

sábado, 13 de outubro de 2012

Buster Keaton em fotografias

Para quem procura imagens de boa resolução da vida e da carreira do grande actor e realizador Buster Keaton, basta entrar neste site. 
Encontram-se neste sítio fotografias (muitas originais e pouco conhecidas) do cineasta da comédia burlesca do cinema mudo, oriundas de filmagens, eventos informais, familiares e até GIFs. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"À Pala de Walsh"

É raro haver bons sites de cinema em Portugal. Sites que não se preocupem apenas em reproduzir as notícias que todos os sites de cinema reproduzem. Faltam sites que procurem reflectir sobre a essência do cinema, ao mesmo tempo acompanhado a actualidade (estreias, novidades...) mas sobretudo, abordando temáticas que forçam a discussão sobre as várias facetas que a Sétima Arte representa.
O nome do site é todo um achado: "À Pala de Walsh". Um inspirado trocadilho fazendo uma referência directa ao cineasta clássico Raoul Walsh. Os autores do site são Carlos Natálio, João Lameira, Luís Mendonça e Ricardo Vieira Lisboa, jovens cinéfilos (alguns já tinham blogues de cinema) amantes da boa arte cinematográfica, da escrita e da partilha de conhecimentos.
"À Pala de Walsh" está agora apenas no início, mas já revela bons indicadores de grande interesse, com crónicas pertinentes sobre os mais variados temas (a importância da crítica de cinema, o cinema e a praia, críticas a filmes, etc).

domingo, 17 de junho de 2012

Os rostos

Raramente vemos os artistas desta forma: os rostos pormenorizados, com as rugas e imperfeições de qualquer mortal. É o que nos propõe o site Celebrity Close-Up, um olhar detalhado das expressões dos rostos de actores e actrizes (e outras celebridades da música e do espectáculo).
Neste caso, de Anna Hathaway, Natalie Portman, Pierce Brosnan, Tommy Lee Jones e Michael Fassbender. 

terça-feira, 13 de março de 2012

"Metropolis" a preço de ouro


Quem viu o post mais abaixo sobre o projecto "Movie Poster" sabe que eu me interesso sobre a iconografia visual dos posters clássicos de cinema. Ora, um amigo chamou-me a a tenção para um dos mais originais e icónicos posters do cinema mudo: "Metropolis" (1927) de Fritz Lang, obra-prima do expressionismo alemão.
Acontece que esta imagem reproduz o poster original concebido pelo artista de arte deco Heinz Schulz-Neudamm que, ao que consta, criou apenas quatro cópias. Duas estão em museus e a outra encontra-se numa colecção privada.
O site MoviePosterExchange disponibiliza o quarto exemplar deste poster para venda. Seria uma boa oportunidade para adquirir um clássico da história do cinema com mais de 80 anos de vida. O problema é o preço: 850,000.00 dólares!
Para os interessados na eventual compra desta raridade dos posters, é favor clicar aqui.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Todos os filmes de Tarkovski online


O site Open Culture é um fenomenal sítio onde se disponibiliza conteúdos culturais de forma totalmente gratuita e livre. Lá podemos ler livros, ouvir músicas, ver vídeos, aprender línguas ou saber mais sobre tecnologia, literatura ou filosofia.
No que toca ao cinema, no site já estavam disponíveis os filmes de Alfred Hitchcock, Orson Welles ou clássicos do género Cinema Negro. Agora estão também disponíveis os filmes integrais da filmografia de Andrei Tarkovski. Os filmes só podem ser vistos em streaming (ou seja, online) e não podem ser descarregados. Mas isso é o menos. O que interessa é que qualquer pessoa pode ver as obras-primas do cineasta russo na íntegra e de forma gratuita.
Mais uma prova de que a internet é, verdadeiramente, uma porta aberta de cultura global e livre.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Contra o ACTA!

Primeiro foram as propostas de lei americanas anti-pirataria PIPA e SOPA a agitarem as águas cibernéticas à escala global. Agora, bem mais grave e contundente, discute-se o ACTA, um acordo multinacional que é muito mais prejudicial para a liberdade da internet tal como a conhecemos hoje.
O ACTA significa Anti-Counterfeit Trade Agreement e pretende proteger as propriedades intelectuais no mundo inteiro. A intenção até pode ser considerada legítima, só que as consequências previsíveis são devastadoras a todos os níveis.
O ACTA foi negociado secretamente por um selectivo grupo de países ricos e desenvolvidos (EUA, Canadá e Inglaterra à cabeça) e por poderes corporativos fora das convenções internacionais já existentes sobre a criação de novas propriedades intelectuais, como o World Intellectual Property e a World Trade Organisation.
O ACTA propõe que os servidores de internet funcionem como "vigilantes" na rede, e serão obrigados a fornecer dados privados dos utilizadores suspeitos de detentores de direitos autorais. A ser aplicado este acordo, a censura, a limitação de liberdade e o controlo de partilha de informação seriam fortemente implementadas, e todo o paradigma cultural da internet tal como o conhecemos deixaria de existir. É como se se aplicasse, à risca, a teoria do "Big Brother" que George Orwell preconizou no seu visionário livro "1984".
A internet passaria a ser quase policiada e uma simples partilha de conteúdo de imagem ou som poderia dar direito a... prisão. A título de exemplo, este mesmo blog não poderia mais existir, porque disponibiliza conteúdos - imagens, vídeos, textos e sons - passíveis de direitos autorais. O próprio Youtube poderia ter de restringir a informação online ou, em última análise, encerrar actividade.
Um atentado à liberdade e um ataque repressivo à cultura digital que parecem ficção científica mas não é. Portugal, como é habitual, foi a reboque dos países europeus e já assinou este acordo (será ratificado em Junho próximo no Parlamento Europeu).
Poucas - mas dignas e corajosas - são as vozes com responsabilidade política que se insurgiram contra esta enormidade. Só o partido Bloco de Esquerda, pela voz firme e objectiva da deputada Catarina Martins, teve a coragem de levantar o problema no Parlamento - aqui.
Por todo o mundo circulam petições, manifestações na rua, manifestos online e outras formas de protesto perante esta sombria forma de manipulação de um instrumento de informação e comunicação que revolucionou o mundo nos últimos 20 anos.
Ver o site Stop Acta!
E eis a petição que qualquer cidadão pode (deve!) assinar contra o ACTA.
Para compreender o alcance diabólico deste plano de controlo ditatorial da comunicação na rede, nada como visionar o seguinte vídeo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

"Klip"


Li no site C7nema a informação de um filme que está a suscitar muitas expectativas no festival de cinema de Roterdão. O filme em questão chama-se "Klip" e é realizado por uma jovem (28 anos) sérvia de nome Maja Milos.
"Klip" retrata a vida caótica de um grupo de jovens obcecados por sexo, drogas e violência. O sexo é duro e explícito, e a utilização das drogas e da violência é muito realista. Certamente um filme que dificilmente será exibido nos EUA.
Os mais atentos sabem que esta fórmula explosiva já foi testada na obra polémica de Larry Clark, com os filmes-choque "Kids" (1995) e "Ken Park" (2002). Ao que parece, a realizadora não nega a influência directa.
A reportagem completa sobre este filme pode ser lida aqui.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Requiem pelo MOTM


Hoje é um dia triste para a comunidade cinéfila (e não só) da internet e da blogosfera: as autoridades norte-americanas fecharam o sítio Megaupload, um dos mais conhecidos e populares servidores de partilha de informação à escala global.
Esta medida afecta muitos milhões de utilizadores da internet, entre os quais o criador do fantástico blog My One Thousand Movies.
Este blog, único a nível nacional e até internacional, disponibilizou 2700 filmes ao longo de quase 4 anos de intensa actividade. 2700 filmes de irrefutável qualidade artística, o melhor do melhor que a história do cinema nos deu estava neste sítio que foi um espaço de partilha e de fruição de filmes clássicos, de autor e raros. Mas havia muito mais: filmes representativos de todas as décadas da história do cinema, de variadíssimas cinematografias mundiais (portuguesa incluída), com sinopse detalhada para cada filme apresentado e um resumo vídeo do YouTube. E ainda muitos títulos que nem sequer têm edição nacional em DVD.
Ao longo destes anos, muitas centenas ou milhares de pessoas puderam conhecer filmes e cinematografias através do MOTM, numa espécie de processo de formação cinéfila online que muito enriqueceu, sobretudo, as novas gerações de amantes da 7ªArte. Eu próprio, enquanto cinéfilo, conheci e vi muitos, muitos filmes que o MOTM tinha no seu sítio.
Em suma, uma verdadeira mina de ouro e um serviço público irrepreensível para cinéfilos que agora foi completamente dizimada por causa desta medida.
Em segundos, os 2700 filmes disponíveis online, desapareceram como que levados por um tornado de leis que querem defender os "direitos de autor" de uma minoria e beneficiar economicamente deste encerramento forçado (e se as propostas de leis antipirataria PIPA e SOPA foram aprovadas nos EUA, é certo que a liberdade de informação na internet, tal como a conhecemos, vai ser fortemente abalada e até destruída).
A morte do MOTM constitui, pois, uma verdadeira perda para o ideal de liberdade da partilha da informação e da circulação do conhecimento nesta nova era digital.
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Por isso, resta-me agradecer, com enorme respeito e sentimento de gratidão, o trabalho incansável do Francisco Rocha, autor do My One Thousand Movies, pela sua paixão pelo cinema, pela sua abnegação e pela forma como enriqueceu as vidas de muitas pessoas com o seu labor diário.
Como forma simbólica de homenagem, deixo aqui ao Francisco o trailer do seu filme preferido de sempre. Eu sei que ele já viu muitas vezes este trailer e este filme, mas serve apenas de reconforto e de estímulo para continuar, quiçá por outra via, a demonstrar o seu amor pelo cinema. Obrigado!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O estilo de Ryan Gosling em "Drive"


Quem viu o filme "Drive" notou, certamente, a forte presença da cultura pop dos anos 80: desde o tipo de letra do genérico, à banda sonora, ao guarda-roupa e ao próprio ambiente geral do filme, tudo em "Drive" respira à década dos "eighties".
Ryan Gosling tem uma interpretação de relevo (co-adjuvado por um bom naipe de actores secundários): é o exímio "driver" de que não se conhece o nome, frio e imperturbável, pose altiva, com um palito ao canto da boca e dono de uns olhos gélidos. Sem quase se dar por isso, o 'condutor' é envolvido numa terrível espiral de violência para defender uma família à deriva...
Para além da interpretação em si, um dos aspectos que outorga mais carisma à figura de Gosling é o guarda-roupa, o qual reflecte toda uma época (para o melhor e pior).
Este site explora ao pormenor o estilo visual de Gosling, desde o já célebre blusão prateado com um escorpião dourado (na imagem), os jeans Levi's, os óculos, luvas, botas e até ao acessório como o relógio. Tudo com marca devidamente registada.
A prova de que um apropriado guarda-roupa é fundamental para atribuir personalidade a uma personagem de cinema.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Filosofia e cinema

Philosophical Films é um site que versa sobre filmes com conteúdos, mais ou menos óbvios, filosóficos. Filmes cujos argumentos exploram temáticas pertintentes da análise filosófica: ética, estética, moral, conhecimento, verdade, existência, morte, religião, etc.
Apesar da listagem de filmes ser algo desequilibrada (tem Bergman e Kubrick mas também "Saw II"!) e não ser particularmente extensa, o site apresenta bons textos de análise, artigos de professores e estudantes de filosofia, depoimentos de realizadores e sinopses sobre cada filme explorado (claro que qualquer cinéfilo minimamente informado dirá que faltam muitos filmes passíveis de análise filosófica).
Acaba por ser um manual interessante de informação útil para professores de filosofia que queiram (e saibam) recorrer ao cinema como poderosa ferramenta pedagógica nas suas aulas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um novo livro sobre Tarkovski


Portugal é um país parco em edições de livros sobre cinema.
Diria mesmo: um país extremamente pobre neste capítulo. São escassos os críticos, historiadores ou jornalistas que se dedicam à escrita sobre cinema em Portugal (à excepção de estudos de teor mais académico ou no âmbito de uma instituição como a Cinemateca). Panorama totalmente diferente é o espanhol.
Desde há longos anos que, vivendo perto da fronteira de Espanha, acompanho o mercado livreiro (e da comunicação social em geral) me deparo com constantes e importantes novidades no mercado da edição de livros de arte, cultura, música, cinema, literatura, etc.
Sobre cinema, há até uma fascinante livraria em Madrid unicamente dedicada ao cinema, da qual dei conta neste post. No mercado livreiro espanhol existe uma diversidade e um dinamismo editorial avassalador, com obras muito interessantes sobre os mais variados temas do universo cinematográfico.
Um dos mais respeitados especialistas mundiais do realizador russo Andrei Tarkovski é espanhol: Rafael Llano. É da sua autoria uma monumental biografia em dois volumes sobre o autor de "Stalker" e é ele, igualmente, um dos responsáveis por um dos melhores e mais completos sites sobre o cineasta russo. Ora, este preciso site acaba de informar da edição de mais um livro sobre Tarkovski, da autoria do professor, jornalista e ensaísta espanhol Carlos Tejeda. Tal como conta neste site, Carlos Tejeda classifica da seguinte forma o cinema de Tarkovski: "Tarkovski representa um cinema de nostalgia. Nostalgia do passado, do presente e do futuro. Tudo está impregnado de recordações, memórias, melancolia, evocações, visões, desassossego, rituais, viagens. Muitas viagens: a viagem como permanente procura." Um novo livro sobre Tarkovski é, quanto a mim, sempre motivo de interesse e regozijo.
O autor mantém um interessante blog no qual publica os seus textos e, como se nota pelas imagens em baixo, para além de admirador de Tarkovski, Carlos Tejeda é também um admirador confesso de Jacques Tati!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vestir-se como Alex

É sabido que o filme "Laranja Mecânica" de Kubrick produziu uma forte controvérsia derivada da violência exercida pelo grupo de Alex. Mas também é sabido que a iconografia dos seus personagens deixou marcas na cultura popular.
De tal forma que, ao longos dos anos surgiram inúmeras referências à estética de "Laranja Mecânica", sobretudo ao nível do vestuário (os Gnarls Barkley vestiram-se desta forma há uns anos - ver imagem em baixo).
Mesmo sabendo isso, fiquei surpreendido ao deparar-me que a Amazon vende, peça por peça, as diversas componentes do vestuário icónico do filme: suspensórios, chapéu, bengala, protecção genital (!), camisas brancas, botas militares e até pestanas para imitar, na íntegra, o estilizado look de Alex.
E descobri, igualmente, que se organizam festas temáticas com base na obra de Kubrick com prémios para os melhores disfarces! Desde homens, mulheres, crianças, pessoas anónimas até figuras públicas da música ou do espectáculo, toda a gente parece sentir-se atraída pela estética "Laranja Mecânica" (nem falta o copo de leite como adereço!).
Basta ver este site ilustrativo (entre outros que pululam na internet).



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Scaruffi - O verdadeiro homem que sabe demasiado


Este homem chama-se Piero Scaruffi, tem 55 anos, é de origem italo-americana, formado em matemática pela Universidade de Turim, vive desde 1983 nos EUA, e trabalha na investigação da Inteligência Artificial e da informática.
Mas não é por estas vertentes que é mundialmente conhecido. Desde cedo que a sua paixão foi a música. Nos anos 70, quando era jovem, diz que era o especialista em música na escola. Os amigos perguntavam-lhe quais os cinco discos essenciais do jazz, quais os melhores do heavy-metal ou do rock progressivo. Piero Scaruffi respondia a tudo. De tal forma que foi elaborando listas atrás de listas temáticas, fazendo uma espécie de história da música do século XX. Começou a editar livros.
Um dos seus livros mais famosos é o “History of Jazz Music 1900 – 2000”, uma obra que aborda 100 anos de evolução e revoluções no jazz. Mas também lançou livros sobre a história do rock, da música erudita contemporânea ou da electrónica. Diz-se que é uma verdadeira enciclopédia e que mal tem tempo para respirar, tal a investigação, audição e leitura a que se dedica. Elaborou dezenas de listas dos melhores álbuns de todos os tempos e de quase todos o géneros (o seu preferido de sempre é “Trout Mask Replica" de Captain Beefheart).
Desde 1989 que Scaruffi resolveu colocar todo o seu saber acumulado na internet, publicando centenas de artigos e listas de discos desde 1955 até à actualidade, catalogadas por géneros musicais, por ano, década ou por instrumentos (o melhor cantor, guitarrista, baterista, teclista...). Para quem gosta de jazz, por exemplo, ou está a começar a gostar e precisa de referências discográficas, nada melhor do que consultar o seu site. Música clássica, idem. Rock progressivo, ibidem. O seu site contém centenas de referências a discos e edições, classificadas com um rigor quase científico e obsessivo.

Mas o seu site não aborda apenas música, mas dezenas de outros temas: cinema, literatura, filosofia, poesia, arte, ciência, política, viagens ou história. O que acarreta mais cronologias de acontecimentos culturais, críticas, biografias históricas, listagens exaustivas de acontecimentos, textos de reflexão, ensaios, etc.
Todos os conteúdos publicados são da exclusiva responsabilidade do próprio Scaruffi e não se pense que Scaruffi não faz actualizações. Quase todos os dias o site é actualizado com novos conteúdos e informações, num ritmo quase imparável. As suas preferências musicais são vastíssimas e diversificadas (e é atento às novidades estéticas, do heavy-metal à electrónica, do indie-folk à electrónica IDM).
O seu trabalho não é avesso a polémicas, e as classificações que atribui a discos clássicos nem sempre é alvo de consensos, uma vez que Scaruffi foge a sete pés do mainstream, favorecendo as manifestações estéticas mais alternativas. Outra prova de controvérsia prende-se com a sua página sobre os Beatles, na qual defende que a banda de Liverpool é a mais sobrevalorizada de todos os tempos: "The Beatles most certainly belong to the history of the 60s, but their musical merits are at best dubious."
O seu monumental site é, em termos de design, de um total mau gosto, mas é funcional e prático, e no fundo é isso que interessa.
"Last but not least" - o site é verdadeiramente internacional, visto que é traduzido em seis (!) línguas - do espanhol ao japonês. Um caso único na Internet, portanto.
Para entrar e descobrir o mundo de conhecimento de Piero Scaruffi, abrir aqui.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Suicídios no cinema


Fiquei a saber pelo site da revista Sábado, a propósito de um artigo sobre notas de suicídio de personalidades famosas, que o realizador James Whale (autor dos clássicos de terror "Frankenstein" e "A Noiva de Frankenstein") e o actor George Sanders ("O Retrato de Dorian Gray") se suicidaram.
A carta de despedida do actor que fez sucesso em Hollywood nos anos 50 é particularmente interessante (e satírica): "Querido mundo, deixo-te porque estou aborrecido. Sinto que já vivi o suficiente. Deixo-te com as tuas preocupações idiotas. Boa sorte!"
Posto isto, parece-me, numa análise algo empírica, que existe um índice de suicídios muito mais elevado noutras artes (nem é preciso dar exemplos) - como a literatura ou música - do que propriamente no mundo do cinema.
Haverá uma razão especial?