quarta-feira, 17 de abril de 2013

As memórias de William Friedkin

É de celebrar a edição de livros escritos por realizadores ainda vivos. Ou seja, autobiografias. Ao longo dos anos, li duas autobiografias que me marcaram bastante: a de Chaplin e a de Buñuel. Hoje em dia é raro haver um realizador que escreva as suas memórias, mais a mais, um realizador com uma carreira sólida e respeitada.
Por isso é de louvar o lançamento (hoje mesmo!) internacional (via Amazon) da autobriografia de um dos grandes cineastas norte-americanos das últimas décadas: William Friedkin (tem agora 77 anos). Apesar da carreira algo irregular e pouco sistemática no tempo, Friedkin foi o responsável por alguns dos mais emblemáticos filmes da década dourada da nova geração de cineastas americanos (1970): "The French Connection" (1971) e "O Exorcista" (1973); e na década de 1980: "Viver e Morrer em Los Angeles" (1985) e "Rampage" (1987).
Nos anos 90 andou mais parado (realizou uma adaptação para televisão do clássico "12 Angry Men" de Sidney Lumet) e regressou em força ao cinema em 2007 com o perturbador "Bug" (que já falei no blogue) e, mais recentemente (ainda sem estreia comercial em Portugal), com a controversa comédia (negríssima) "Killer Joe" (2011).
Hoje tive conhecimento que William Friedkin acaba de lançar as suas memórias em livro e, segundo a crítica, parece tratar-se de um belíssimo testemunho sobre a vida e a carreira deste tão singular (e por vezes esquecido) cineasta americano.
Agora a pergunta sacramental: e para quando uma edição portuguesa?

4 comentários:

Luís Mendonça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Mendonça disse...

Tive acesso a ela ainda numa uncorrected proof, há quase um mês, a partir da editora e li de rajada. Destaquei essa leitura aqui:

http://cinedrio.blogspot.pt/2013/03/newsletter-de-marco-agora-acessivel-nao.html

Marcelo Castro Moraes disse...

Otimo diretor, mas não é facil de trabalhar com ele, pois vcs ficariam seguros com um cineasta que atira durante as filmagens?

Loot disse...

Dos cineastas que tenho mais curiosidade em conhecer a vida, excelente sugestão :)