sábado, 10 de janeiro de 2015

44 minutos de tiroteio (na realidade e na ficção)



Como muito bem referiu o Sam na caixa de comentário do meu post anterior sobre a violência na realidade e na ficção, consta-se que o filme "Heat- Cidade Sob Pressão" (1995) poderá ter servido de inspiração para um dos maiores tiroteios contemporâneos que houve nos EUA. Mais propriamente em Los Angeles, a norte de Hollywood, pelo que ficou conhecido como "The North Hollywood Shootout". 
Aconteceu em 1997 (dois anos após o filme de Michael Mann, portanto) e resultou numa troca de tiros bem real que causou diversos ferimentos em polícias e  transeuntes e na morte dos dois assaltantes do Bank of America. O assalto ao banco correu mal (como no filme), com a polícia a ripostar violentamente os dois homens vestidos de preto e fortemente armados que disparavam contra tudo o que mexia. Foram apenas 44 minutos de intenso tiroteio com milhares de balas disparadas, numa acontecimento real que quase ridiculariza, em termos de violência, o filme "Heat" (toda a história aqui).

Em 2003 um telefilme reproduziu os acontecimentos verídicos deste assalto numa manhã quente de Los Angeles. De título "44 Minutes - The North Hollywood Shootout", o telefilme é de qualidade meramente mediana (apesar de ter um actor consagrado, Michael Madsen), mas a violência dos tiroteios está bem retratada. 

PS - Agora é esperar que resulte um bom filme do caso do massacre e tiroteio de Paris, de preferência, com Michael Mann no comando da realização.

De seguida, o telefilme na íntegra que retrata o episódio real:

2 comentários:

Carlos Natálio disse...

Ah muitos elementos dramáticos preciosos neste história, nomeadamente o facto de terem entrado primeiro no prédio do lado por engano. Não sei se o Mann fará isto... Abraço

Cid disse...

"Agora é esperar que resulte um bom filme do massacre", é de uma infelicidade atroz, caro "Demasiado", que se resulte investigações, consolo para os familiares, segurança para os franceses, segurança para os muçulmanos, seguranças para os portugueses, para os brasileiros, enfim... Que se resulte tudo numa hora dessas, menos que se resulte filmes de ação, pelo amor de alá.