Como referi num post anterior, no último suplemento do jornal Público, o Ípsilon, fez-se uma exaustiva antevisão do que vai ser o panorama cultural dos próximos meses.
No contexto das actividades da dança e do teatro, o jornalista Tiago Bartolomeu Costa refere que "o coreógrafo Paulo Ribeiro apodera-se do universo de Tarkovski, pondo os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado a experimentarem a violência física e visual do cineasta russo em 'mise-en-scène".
Depois de ler isto fiquei a pensar como é que alguém pode considerar o cinema poético e místico de Tarkovski como sendo "violento visual e fisicamente".
Das duas uma: ou o jornalista não sabe quem é Tarkovksi nem conhece a fundo o seu cinema, ou ele tem um conceito radicalmente diferente da expressão "violência física e visual" relativamente ao que eu tenho.
Nota: na imagem, o filme "O Espelho" (1975) de Andrei Tarkovski.
3 comentários:
Ou então viu filmes como o Andrei Rubliov.
nem esse filme tem grande "violência física e visual" :/ também não percebo...
Fosse isto violência, e eu queria que a minha vida fosse um inferno!
Enviar um comentário