quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Suicídios no cinema


Fiquei a saber pelo site da revista Sábado, a propósito de um artigo sobre notas de suicídio de personalidades famosas, que o realizador James Whale (autor dos clássicos de terror "Frankenstein" e "A Noiva de Frankenstein") e o actor George Sanders ("O Retrato de Dorian Gray") se suicidaram.
A carta de despedida do actor que fez sucesso em Hollywood nos anos 50 é particularmente interessante (e satírica): "Querido mundo, deixo-te porque estou aborrecido. Sinto que já vivi o suficiente. Deixo-te com as tuas preocupações idiotas. Boa sorte!"
Posto isto, parece-me, numa análise algo empírica, que existe um índice de suicídios muito mais elevado noutras artes (nem é preciso dar exemplos) - como a literatura ou música - do que propriamente no mundo do cinema.
Haverá uma razão especial?

9 comentários:

Anónimo disse...

Um agradével surpresa ter encontrado este espaço. Obrigado por partilhar a carta de despedida do actor G. Sanders; não a conhecia - é bela e como tudo o que é belo, é serenamente perturbadora. Tudo de bom.

Ricardo disse...

Porquê um post assim? Estás a pensar suicidar-te?

George Sanders era um tipo brilhante, um dos meus actores favoritos. Mas atenção, ele não se suicidou na década de 50, mas sim na década de 70.

Abr

Unknown disse...

Ricardo: claro que não ;)
Quem escreve sobre suicídios não significa que tenha intenção de consumar suicídio.

Escrevi este post porque achei curiosa a frase de despedida do actor e porque achei oportuno fazer a questão que fiz no fim.

Anónimo disse...

é pena, pensava sinceramente que seria o princípio do fim, geralmente quem pensa que sabe demasiado suicida-se.


que existe um índice de suicídios muito mais elevado noutras artes???
tantos pretendentes a actores que falharam e se suicidaram
e comportamentos auto-destrutivos que foram suicídios per se:
desde Carradine às overdoses soporíficas das Monroes e às overdoses cocaínicas desde o cinema mudo ao sonoro
já para não falar dos suicidas por crash desde Dean a ...(e o livro de Ballard tal como o filme que se seguiu denunciam esse sentimento do tédio e da morte como libertação do tédio
(nem é preciso dar exemplos)???
quais??

nem se pode comparar actores e cineastas conhecidos escassos milhares

literatura de todos os géneros orça por centos de milhares de autores

músicos famosos até ao século XIX podemos por uns centos
musicos de pacotilha que atingiram fama mundial como os Europe, Bananarama óu apenas local/continental são dezenas de milhares nos últimos 200 anos
se encontrar 500 suicidas
será algo anormal

se encontrar 500 num milhão de pequenos músicos que tentaram e não conseguiram é....merda

como a literatura ou música - do que propriamente no mundo do cinema.

Ricardo disse...

Para os fãs de George Sanders, recomendo este link:

http://www.brightlightsfilm.com/61/61georgesanders.php

Ricardo disse...

Para os fãs de George Sanders, recomendo este link:

http://www.brightlightsfilm.com/61/61georgesanders.php

Anónimo disse...

Há muitos cantores de ópera a suicidarem-se? Só se considerares os jims morrisons artistas...

ana disse...

Sim, a frase é bem curiosa e até divertida. Se calhar os actores alimentam-se do amor que os fãs têm por eles, mesmo quando as suas vidas não correm ás mil maravilhas.

disse...

também penso muito nisso e concordo plenamente...embora não saiba explicar por quê na música há muitos mais suicídios que no cinema...