Este homem chama-se Piero Scaruffi, tem 55 anos, é de origem italo-americana, formado em matemática pela Universidade de Turim, vive desde 1983 nos EUA, e trabalha na investigação da Inteligência Artificial e da informática.
Mas não é por estas vertentes que é mundialmente conhecido. Desde cedo que a sua paixão foi a música. Nos anos 70, quando era jovem, diz que era o especialista em música na escola. Os amigos perguntavam-lhe quais os cinco discos essenciais do jazz, quais os melhores do heavy-metal ou do rock progressivo. Piero Scaruffi respondia a tudo. De tal forma que foi elaborando listas atrás de listas temáticas, fazendo uma espécie de história da música do século XX. Começou a editar livros.
Um dos seus livros mais famosos é o “History of Jazz Music 1900 – 2000”, uma obra que aborda 100 anos de evolução e revoluções no jazz. Mas também lançou livros sobre a história do rock, da música erudita contemporânea ou da electrónica. Diz-se que é uma verdadeira enciclopédia e que mal tem tempo para respirar, tal a investigação, audição e leitura a que se dedica. Elaborou dezenas de listas dos melhores álbuns de todos os tempos e de quase todos o géneros (o seu preferido de sempre é “Trout Mask Replica" de Captain Beefheart).
Desde 1989 que Scaruffi resolveu colocar todo o seu saber acumulado na internet, publicando centenas de artigos e listas de discos desde 1955 até à actualidade, catalogadas por géneros musicais, por ano, década ou por instrumentos (o melhor cantor, guitarrista, baterista, teclista...). Para quem gosta de jazz, por exemplo, ou está a começar a gostar e precisa de referências discográficas, nada melhor do que consultar o seu site. Música clássica, idem. Rock progressivo, ibidem. O seu site contém centenas de referências a discos e edições, classificadas com um rigor quase científico e obsessivo.
Desde 1989 que Scaruffi resolveu colocar todo o seu saber acumulado na internet, publicando centenas de artigos e listas de discos desde 1955 até à actualidade, catalogadas por géneros musicais, por ano, década ou por instrumentos (o melhor cantor, guitarrista, baterista, teclista...). Para quem gosta de jazz, por exemplo, ou está a começar a gostar e precisa de referências discográficas, nada melhor do que consultar o seu site. Música clássica, idem. Rock progressivo, ibidem. O seu site contém centenas de referências a discos e edições, classificadas com um rigor quase científico e obsessivo.
Mas o seu site não aborda apenas música, mas dezenas de outros temas: cinema, literatura, filosofia, poesia, arte, ciência, política, viagens ou história. O que acarreta mais cronologias de acontecimentos culturais, críticas, biografias históricas, listagens exaustivas de acontecimentos, textos de reflexão, ensaios, etc.
Todos os conteúdos publicados são da exclusiva responsabilidade do próprio Scaruffi e não se pense que Scaruffi não faz actualizações. Quase todos os dias o site é actualizado com novos conteúdos e informações, num ritmo quase imparável. As suas preferências musicais são vastíssimas e diversificadas (e é atento às novidades estéticas, do heavy-metal à electrónica, do indie-folk à electrónica IDM).
O seu trabalho não é avesso a polémicas, e as classificações que atribui a discos clássicos nem sempre é alvo de consensos, uma vez que Scaruffi foge a sete pés do mainstream, favorecendo as manifestações estéticas mais alternativas. Outra prova de controvérsia prende-se com a sua página sobre os Beatles, na qual defende que a banda de Liverpool é a mais sobrevalorizada de todos os tempos: "The Beatles most certainly belong to the history of the 60s, but their musical merits are at best dubious."
O seu monumental site é, em termos de design, de um total mau gosto, mas é funcional e prático, e no fundo é isso que interessa.
"Last but not least" - o site é verdadeiramente internacional, visto que é traduzido em seis (!) línguas - do espanhol ao japonês. Um caso único na Internet, portanto.
3 comentários:
Obrigadinha!
De vez em quando, consulto o site do Scaruffi, mas confesso que ele me irrita um bocado- tem a mania que sabe tudo, e não é minimamente coerente. Muitas vezes, parece que quer ser do contra, e dá grandes notas aos piores discos de muitos artistas.
Depois, tem um conhecimento limitado em diversas áreas, tal como na música negra, que aborda de forma muito superficial.
Já para não falar de quando ele se aventura a falar de áreas para além da música, e onde se espalha ao comprido. Parece uma espécie de Pedro Mexia, que escreve sobre todos os assuntos.
De todo o modo, vale a pena consultá-lo, com as devidas reservas.
Há 4 anos quando comecei a interessar-me pelos blogs, o primeiro site que me "apareceu" para pesquisar/consultar foi esta extraordinária enciclopédia.
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