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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

James Dean e Dennis Stock

Dennis Stock (1928 - 2010) foi um importante fotógrafo da prestigiada agência Magnum e da revista Life que fotografou algumas das figuras mais fulgurantes do cinema, da música e do espectáculo da segunda metade do século XX. Foi amigo pessoal de James Dean e é dele uma das fotografias mais célebres e icónicas do actor - aquela em que se vê Dean a passear debaixo da chuva em Times Square (Nova Iorque, 1955).

Acontece que o realizador Anton Corbijn ("Control") fez um filme intitulado "Life" no qual retrata a amizade entre Dennis Stock e James Dean. Robert Pattinson interpreta o fotógrafo, enquanto que Dane DeHaan encarna o mítico actor falecido aos 24 anos vítima de acidente de automóvel. Apesar de ainda não haver trailer do filme, já se especula pela internet acerca da forma como Corbijn terá retratado a relação entre ambos no grande ecrã (a única imagem que se conhece do filme é esta).

Enquanto esperamos pelo filme, deleitemo-nos com as maravilhosas fotografias de Stock (ordem): 
- Dennis Stock e James Dean
- Audrey Hepburn
- James Dean em Times Square
- James Dean
- Miles Davis

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Animais de estimação

Animais de estimação e artistas:

O actor Peter Lorre
O escritor Truman Capote

A actriz Joan Crawford
O pianista Glenn Gould
A cantora jazz Billie Holiday
A actriz Audrey Hepburn

terça-feira, 27 de maio de 2014

Vestir-se à James Dean

James Dean só entrou em três filmes durante a sua curta vida. O último foi "Gigante" (1956) de George Stevens. Nesse filme Dean interpretava um jovem ambicioso e magnata do petróleo. O actor vestia-se à cowboy, mas era um cowboy ligeiramente mais sofisticado do que o que conhecemos da cultura americana do Western.
Esta imagem em baixo é de James Dean numa sessão do casting para o filme. O casaco ao lado é uma fiel reprodução do casaco original vestido pelo actor. Quem quiser comprá-lo e ter um look à James Dean terá de gastar mais de 700 dólares. Assim como as botas, as calças ou a camisa. 
Para ver outras peças de vestuário de James Dean à venda, carregar neste link.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Audrey a cores

Por norma e por princípio sou contra a adulteração de imagens. Refiro-me especificamente à coloração de fotografias e preto e branco e, pior, à coloração de filmes que são originalmente a preto e branco.
Mas bem vistas as coisas, sou levado a considerar que esta fotografia doméstica da actriz Audrey Hepburn, tem mais encanto visual na versão a cores do que a preto e branco (original). Porque será?


sábado, 4 de janeiro de 2014

Desejos para 2014

Em 2014 gostaria que:

- Sergei Eisenstein fizesse um filme sobre a "Primavera Turca".
- Orson Welles filmasse a adaptação de "O Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa.
- James Dean entrasse num filme de Wes Anderson.
- Montgomery Clift fosse o galã culto e tímido num filme de Woody Allen.
- Elvis Presley gravasse um disco com canções de Leonard Cohen.
- Frank Sinatra fizesse um dueto com Tom Waits.
- Jim Morrison entrasse num álbum dos Radiohead ou dos Queens of The Stone Age.
- Franz Kafka escrevesse um argumento para um filme de Roman Polanski.
- Marlon Brando fosse o par romântico de Charlize Theron num filme de Scorsese.
- Andrei Tarkovski convidasse Amon Tobin para fazer a música para um novo filme.
- Charlie Chaplin participasse numa comedia com Jerry Lewis.
- Jacques Tati fizesse um filme sobre o impacto das tecnologias digitais na sociedade.
- Primo Levi escrevesse um guião para um documentário sobre Hitler filmado por Errol Morris.
- Frank Zappa colaborasse num disco de Mike Patton.
- George Orwell escrevesse um ensaio sobre o estado da política actual.
- Andy Warhol fizesse uma serigrafia gigante sobre Miley Cyrus.
- Nagisa Oshima fizesse um remake de "O Império dos Sentidos" com Scarlett Johansson e Sean Penn.
- Baudelaire e Rimbaud escrevessem poemas para canções de Matt Elliott e Bob Dylan.
- Leni Rifenstahl realizasse um documentário épico sobre o Mundial de Futebol 2014 no Brasil.
- Jackson Pollock pintasse a fachada do Parlamento Português.
(...)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Hollywood: o lado trágico

Sabemos como o mundo do estrelato artístico (cinema, música ou literatura) é um mundo de fama e proveito mas também de muitas tragédias e sofrimentos. Hollywood, neste aspecto em particular, tem sido um autêntico viveiro de desgraças (mais ou menos anunciadas, mas ou menos surpreendentes). Excessos derivados a drogas, álcool, doenças súbitas ou comportamentos de risco (como a alta velocidade automóvel) proporcionaram mortes precoces. E ceifaram vidas e carreiras auspiciosas. 
James Dean ou Rudolfo Valentino são apenas dois exemplos mais famosos.
Sabia que a Diva do cinema Carol Lombard morreu com apenas 32 anos vítima de desastre de avião? Ou que a actriz Natalie Wood morreu afogada aos 42 anos? E que Veronica Lake, a sensual e esbelta loura do cinema clássico, morreu de hepatite aos 54 anos?
Este vídeo compila alguns desses casos de vida do cinema que acabaram de forma trágica e cedo demais. Mas atenção: a lista está consideravelmente incompleta.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Jovens alegres no Lee Strasberg





A revista Sábado publicou uma reportagem sobre quatro jovens (na imagem) portugueses que se encontram a estudar no principal conservatório de artes dos EUA, isto é, no Lee Strasberg Theatre and Film Institute, em Nova Iorque.
Famoso desde há décadas por ser uma instituição que formou alunos como James Dean, Robert De Niro ou Marlon Brando, o Lee Strasberg Intitute é reconhecido mundialmente como uma das escolas mais exigentes e elitistas no mundo do teatro e do cinema. Ora, não é todos os dias que jovens estudantes portugueses frequentam esta escola.
A Daniela Ruah (actualmente numa série de sucesso na Foz americana) ou o Ivo Canelas foram dois actores portugueses que aprenderam a arte de interpretar segundo o famoso método de Lee Strasberg. No total, estudam 250 alunos naquela instituição, a maior parte estrangeiros (que pagam 25 mil euros de propinas!). 
Os quatro jovens que actualmente estudam nesta instituição, refere a Sábado, têm entre 19 e 23 anos. Os quatro têm muito empenho, vontade de trabalhar e muitos sonhos que querem ver concretizados. Nada de errado, até aqui. 
O que achei estranho foram certas afirmações sobre estes estudantes: "Eles querem ser actores famosos, adoram ver filmes mas não percebem muito da história da profissão. Cinema mais antigo e europeu é para esquecer e sobre os trabalhos que se fazem em Portugal sabem zero. Os seus actores de referência são Russel Crowe, Johnny Depp, ou Meryl Streep. Não descartam a possibilidade de fazer novelas em Portugal, porque isso seria uma oportunidade para melhorar o currículo". 
Perante declarações destas, custa-me constatar que jovens aspirantes a actores manifestem ignorância e desprezo relativamente à história clássica do cinema e às suas referências. Mais: a fazer fé nestas declarações, parece que os jovens procuram apenas fama fácil no mundo do estrelato e vedetismo de Hollywood, como que imbuídos da "cultura" de séries juvenis como a inócua e superficial "Morangos Com Açúcar". O talento e a criatividade não se coadunam com esta demanda da fama.
É como se estudantes de música portugueses que frequentassem a Berklee College of Music (Boston), a mais prestigiada escola de música dos EUA, viessem dizer que "queremos ser músicos famosos, adoramos ouvir música mas não percebemos muito da sua história. Música mais antiga e antiquada é para esquecer e sobre a música que se faz em Portugal sabemos zero. Os nossos músicos de referência são David Guetta, Pablo Alborán e Bruno Mars."

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Gostava...

- Gostava de ter vivido os anos de ouro do cinema clássico de Hollywood.
- Gostava de ter presenciado concertos de Charlie Parker, John Coltrane e Miles Davis em clubes nocturnos escuros e cheios de fumo de Nova Iorque de meados do século passado.
- Gostava de ter passeado nas ruas de Paris dos anos 1910 e 1920, no seio da agitação artística e cultural e ter tomado um café na esplanada do mítico Café de Flore.
- Gostava de ter ouvido ao vivo Maria Callas cantar a "Carmen" de Bizet.
- Gostava de ter assistido aos anos de criatividade fervilhante da "Factory" de Andy Warhol nos anos 60 em Nova Iorque.
- Gostava de ter assistido à gravação do primeiro álbum dos The Velvet Underground.
- Gostava de ter visto a estreia apoteótica de "Metropolis" de Fritz Lang, em Berlim (1927).
- Gostava de ter estado presente na entrega do Óscar Honorário a Charlie Chaplin em 1972.
- Gostava de ter assistido ao concerto de Jimi Hendrix no festival de Woodstock (1969).
- Gostava de ter assistido aos primeiros concertos dos Sex Pistols e dos Joy Division.
- Gostava de ter visto pintar, in loco, Salvador Dalí, Jackson Pollock e Magritte.
- Gostava de ter assistido à estreia de "A Sagração da Primavera" de Stravinsky em Paris (1913).
- Gostava de ter sido varredor do estúdio de filmagem do filme "12 Homens em Fúria" (1957) de Sidney Lumet.
- Gostava de ter tomado um copo de absinto na companhia de Fernando Pessoa no Martinho da Arcada, em Lisboa dos anos 1920.
- Gostava de ter assistido à rodagem de "The Shining" de Stanley Kubrick, "Blade Runner" de Ridley Scott e de "Stalker" de Andrei Tarkovski.
- Gostava de ter feito a viagem costa-a-costa dos EUA com Jack Kerouac que viria a dar no livro "On The Road".
- Gostava de ter visto o filme "Koyaanisqatsi" com orquestra ao vivo conduzida por Philip Glass.
- Gostava de ter acompanhado a gravação de todos os álbuns dos Dead Can Dance. 
- Gostava de ter presenciado a reacção do público aos primeiros filmes de George Méliès nos anos 1910.
- Gostava de ter tomado café em Los Angeles com Marlon Brando, Elizabeth Taylor, Buster Keaton, Sam Peckinpah, Audrey Hepburn e Maureen O'Hara.
- Gostava de ter sido figurante em todos os filmes de Alfred Hitchcock.
- Gostava... 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Perguntas Indiscretas #41

O cinema clássico de Hollywood está polvilhado de actrizes belas, sensuais, carismáticas e charmosas. Em suma, mulheres fatais ou Divas, como hoje já não há. 
Exemplos? Lana Turner (na imagem), Audrey Hepburn, Gene Tierney, Kim Novak, Ingrid Bergman, Bette Davis, Lauren Bacall, Rita Wayworth, Maureen O'Hara, Jane Russell, entre muitas outras.
Mas a ter de escolher uma só actriz que encarnasse todas as características de Diva (talento, beleza, sensualidade, charme), qual seria a vossa escolha?

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Marlon Brandon, 1947

Corria o ano de 1947 e um jovem actor de nome Marlon Brandon, tentava a sorte num casting para entrar num filme chamado "Rebel Without a Cause". O argumento estava escrito e Brando, então com apenas 23 anos de idade, tentou a sorte num "sreen test" de 5 minutos. Por qualquer razão, o projecto foi abandonado pelo estúdio e apenas 8 anos depois foi retomado com um novo argumento e... um novo actor: James Dean.
Marlon Brando não entraria no mítico filme de Nicholas Ray que iria imortalizar James Dean como ícone de uma geração. No entanto, logo em 1951, Brando interpretaria a não menos mítica personagem Stanley em "A Streetcar Named Desire" de Elia Kazan. E o resto é história...
Seja como for, é interessante ver este vídeo em que, Marlon Brando, revela e comprova (em apenas 5 minutos) todo o seu imenso talento como actor.
Provavelmente, o melhor actor da história do cinema.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quando fumar dava estilo

Houve um tempo em que fumar era um acto de puro glamour e estilo. No universo do cinema, os anos dourados para os actores fumadores foram as décadas de 40, 50 e 60. Grandes estrelas ostentavam o cigarro como algo de inseparável nas suas vidas, quer no cinema, quer na dita vida "real". Alguns morreram, precisamente, vítimas do vício, o qual era, no início, exclusivo dos homens, mas que timidamente foi adoptado pelas mulheres (Katherine Hepburn ou Marlene Dietrich são exemplos).
Eis apenas algumas figuras célebres de Hollywood na era em que fumar não prejudicava a fama e o estilo (apenas prejudicava a saúde): Bing Crosby, Burt Lancaster, Errol Flynn, Glenn Ford, Jack Lemmon, James Dean, Marlon Brando e Clark Gable.

domingo, 11 de março de 2012

Os gatos no cinema

O leitor gosta mais de gatos ou de cães? Independentemente da resposta, este post é sobre gatos. E gatos no cinema. Desde os primórdios do cinema que os animais fazem parte das histórias e narrativas, sobretudo animais domésticos como cães, gatos e aves.
Ora, um blogger amante de gatos criou há algum tempo um blogue - "Cats on Film" - dedicado à importância dos gatos nos filmes (está algo desactualizado de momento). O autor defende que os gatos desempenharam um papel mais preponderante no cinema do que os cães, e explica porquê nos vários exemplos que revela aos leitores.
Seja como for, é um blogue bem curioso para conhecer o papel que este felino doméstico teve ao longo de muitas décadas de história do cinema.
Eis apenas dois exemplos:

"Breakfast at Tiffany's" (1961) - Um manso gatinho acorda lentamente Audrey Hepburn...

"Os Três Mosqueteiros" (1948) - O perverso Cardinal Richelieu a fazer festas no gato...

sábado, 10 de março de 2012

A influência das actrizes clássicas

Sou da opinião - já o expressei neste blogue - de que as actrizes clássicas são deveras mais glamorosas, belas e sensuais do que as actrizes da nova geração. Na era dourada de Hollywood (anos 30 a 60), as actrizes eram, não só talentosas, como carregavam charme irresistível. Hoje em dia, claro está, há actrizes bonitas, mas nem todas têm o mesmo talento nem ostentam a mesma sensualidade.
Daí o interesse de uma reportagem da revista Vanity Fair que comparou actrizes de uma época e de outra, alegando influências de estilo e até semelhanças físicas. De facto, numa me tinha apercebido da semelhança física entre Katharine Hepburn e Tilda Swinton, ou Audrey Hepburn e a recente estrela Rooney Mara. Mas para além da óbvia semelhança exterior, há toda uma diferença entre o talento das actrizes clássicas e o das actrizes contemporâneas.
Para constatar outros exemplos da revista, clicar aqui.

Katharine Hepburn vs. Tilda Swinton

Audrey Hepburn vs. Rooney Mara

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Inception" by... Fritz Lang!

O jornal Daily Mail divulgou há dias uma interessante reportagem subordinada a uma simples e desafiadora questão: "E se os modernos blockbusters tivessem sido feitos na década de 50?" Pegando nesta premissa, o artista gráfico americano Peter Stults reinventou os posters de filmes como "Inception", "Pulp Fiction" ou "Trainspotting", criando imagens totalmente vintage. Para além da óbvia curiosidade dos posters feitos na forma estética dos anos 50 e 60, é também curioso os nomes dos créditos artísticos.
Assim, o filme "Trainspotting" seria realizado por Jean-Luc Godard e interpretado por uns jovens Michael Caine e Anthony Hopkins; ou o "Inception" realizado por Fritz Lang e interpretado por Burt Lancaster e Rita Hayworth! E quem melhor para actor em "Drive" do que... James Dean?!
Eis as provas:

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A comédia clássica em livro


O jornal espanhol El Mundo dá conta da edição de um livro do jornalista e escritor Guillermo Balmori sobre a comédia clássica de Hollywood.
O título da obra (capa de Audrey Hepburn) é simplesmente "La Comedia", e tem 438 páginas que analisam um género cinematográfico geralmente pouco valorizado no contexto da história do cinema.
Segundo o autor, a época dourada da comédia clássica de Hollywood situa-se entre os anos 30 e 60 e há uma palavra que define este tipo de filmes: "encanto".
As comédias clássicas de Frank Capra, Billy Wilder ou Ernst Lubitsch transpiravam encanto, com as suas histórias, as suas personagens femininas plenas de sedução e charme, as situações inusitadas de comédia... Algo que se perdeu quase por completo a partir de finais dos anos 60.
Para ler a reportagem sobre o livro e a entrevista ao escrito, clicar aqui.

O livro pode ser comprado aqui.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Brando e Hepburn na casa de banho


Há dias jantei num restaurante espanhol.

Quando me dirigi à respectiva casa de banho reparei numa singular sinalética de divisão de sexos: uma fotografia de Marlon Brando na porta da casa de banho dos homens e uma fotografia de Audrey Hepburn na porta da casa de banho das mulheres.

Ou seja, uma solução de elementar bom gosto ao nível da diferença de género para uma casa de banho de tendência marcadamente cinéfila.

PS - Teria gostado mais de ver as fotos de e Richard Burton e Elizabeth Taylor.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Entrevistas Póstumas (9) -James Dean

O Homem Que Sabia Demasiado - É um caso único na história do cinema: fez apenas três filmes e tornou-se rapidamente num mito da cultura popular.

James Dean - Nunca procurei ser um símbolo de uma geração, ainda que o filme "Rebeldes Sem Causa" (1955) tenha ajudado a tal. O realizador Nicholas Ray estava sempre a dizer-me que aquele filme iria transformar-me num símbolo de rebeldia juvenil, mas eu nunca quis, conscientemente, assumir tal destaque. A rebeldia da juventude nasceu com o Rock 'n'Roll na década de 50 e mais tarde com o fenómeno Hippie. Eu fui apenas um actor que fiz o melhor nos poucos filmes em que participei.

O Homem Que Sabia Demasiado - E que grandes filmes! O filme "A Leste do Paraíso" (1955) realizado pelo notável cineasta Elia Kazan, é talvez o filme em que "explode" como actor do método do "Actor's Studio" de Lee Strasberg. A sua magnífica interpretação como jovem incompreendido e angustiado, valeu-lhe quase a classificação de génio.

James Dean - Mais uma vez, julgo que é uma classificação desmesurada. É verdade que trabalhei muito para conseguir ter aquela interpretação natural, quase espontânea, com alguma improvisação à mistura. Porém, a direcção de actores de Kazan foi essencial para ter conseguido tirar o máximo de potencial das minhas capacidades.

O Homem Que Sabia Demasiado - No seu filme seguinte, "Giant" (1956), que estreou já depois de ter falecido no trágico acidente de carro, fechou uma espécie de triângulo magistral no universo da interpretação, numa ascensão que parecia imparável.

James Dean - "Giant" foi um filme do qual não gostei muito de participar, ao contrário dos dois anteriores. Durante as filmagens houve um clima constante de guerrilha de estrelas entre Elizabeth Taylor e Rock Hudson e o realizador, George Stevens, não conseguia dar um rumo ao filme, até porque houve sérios problemas financeiros e de produção.

O Homem Que Sabia Demasiado - É verdade que se dizia que Marlon Brando era o seu único rival no que dizia respeito a actores jovens e muito talentosos?

James Dean - Conheci Brando e gostava muito dele. Houve rumores que afirmavam que ambos tínhamos uma relação homossexual, mas era tudo fantasia da comunicação social. Mas respondendo à pergunta: havia outro grande actor que competia, se quiser, pelo lugar de "jovem actor talentoso": Montgomery Clift. Um actor de grande personalidade e potencial.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

27

(A propósito dos recentes posts sobre suicídio e 'entrevista póstuma' a Jimi Hendrix):
É um fenómeno recorrente os ícones da cultura popular serem imortalizados quando morrem. Mesmo que sejam famosos e talentosos em vida, se morrerem jovens e, sobretudo, de causa trágica e misteriosa (suicídio, acidente, homicídio), é certo e sabido que se tornam ícones eternos no imaginário popular.
O fenómeno só podia ter começado com uma arte de massas: o cinema. Rudolfo Valentino, primeiro ídolo do cinema mudo morreu aos 31 anos em 1926 e deixou em total histeria milhões de admiradoras (conta-se que várias mulheres cometeram suicídio devido ao desespero). Depois, foi James Dean que morreu vítima de um acidente de carro com 24 precoces anos, em 1955, imortalizando a sua figura como referência incontornável da cultura do século XX. De resto, foi com Dean que se incutiu no imaginário das estrelas pop a máxima : "live fast, die young and leave a good-looking corpse". Muitos levaram à risca esta filosofia de vida.

Mas seria a partir de 1969 que a morte de artistas famosos - nomeadamente músicos - tomaria um rumo verdadeiramente iconográfico. Começou em 1960 com a morte de Brian Jones (Rolling Stones), seguiu-se a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin em 1970. O líder carismático dos The Doors, Jim Morrison, morreria em circunstâncias misteriosas um ano depois. Este quarteto de mortes foi apelidado de "Clube 27", pelo facto de todas estas figuras da música terem morrido com a idade de 27 anos. Mera coincidência?
Conta-se que foi um desejo mórbido de se juntar a este clube que o líder dos Nirvana, Kurt Cobain, se matou em 1994, também com 27 anos. Que insondável e misterioso desígnio se esconde por detrás deste fenómeno que leva à morte artistas populares como estes aos 27 anos? Apesar deste ser o quinteto mais famoso do fatídico e mórbido clube, muitos outros artista/músicos se podiam incluir no rol dos falecidos com 27 anos (por suicídio ou acidente). A saber:

- Pete de Freitas, guitarrista dos Echo and The Bunnymen

- Robert Johnson, guitarrista de blues

- Dave Alexander, baixista dos The Stooges

- Gary Thain, baixista dos Uriah Heep

- Kristen Pfaff, baixista das Hole

- Jeremy Michael Ward, músico dos The Mars Volta

- Mia Zapata, vocalista do grupo punk The Gits

- Ron McKernan, teclista dos Grateful Dead

- D. Boon, vocalsita do grupo punk Minutemen

- Rupert Brooke, poeta inglês

- Jean-Michel Basquiat, artista plástico

- Jonathan Gregory Brandis, actor americano

- (...)


Ian Curtis não quis esperar para entrar no "Clube 27" e, 4 anos antes de chegar a essa idade, cometeu suicídio. Mesmo não havendo nenhum "Clube 23" no qual pudesse estar representado, não é por este facto que o espírito do cantor dos Joy Division não vive no panteão mais alto dos ícones musicais de toda a história.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

James Dean - O Mito


Um dos mais míticos actores de sempre, James Dean, faria 80 anos, hoje, se fosse vivo. Clássico intemporal, "A Leste do Paraíso" (1955) de Elia Kazan, é um daqueles filmes míticos que marcaram várias gerações.
Baseado no romance homónimo do escritor John Steinbeck, "A Leste do Paraíso" é o primeiro dos três grandes filmes (os outros são "Rebel Without a Pause" e "Giant") que formam o legado cinematográfico de James Dean, o malogrado actor precocemente desaparecido num trágico acidente de viação.
James Dean, com apenas 24 anos, tornou-se rapidamente no ídolo de uma geração com a sua magnética personagem Cal, um jovem rebelde de Salinas Valley que disputa o afecto de um pai pouco atencioso (Raymond Massey) com o seu irmão Aron (Richard Davalos), o filho preferido. Ver hoje o filme de Elia Kazan é testemunhar que os conflitos entre pais e filhos e a consequente desintegração familiar não mudaram assim tanto após mais de 50 anos. James Dean, ele próprio dono de uma personalidade errante e emocionalmente instável, transportou para o filme essa ânsia de viver e de afirmação, confundindo a ficção com a realidade.
A esse propósito, veja-se uma das mais espantosas cenas de "A Leste do Paraíso" (a cena é extraordinária porque prova a intensidade interpretativa de um jovem actor no seu primeiro filme): tentando conquistar o amor do pai, Cal trabalhou para juntar dinheiro e presenteá-lo com o montante que este perdera num negócio. O pai, de forma arrogante e altiva, rejeita a dádiva. Conforme a rejeição do pai progride, os olhos de Cal começam nitidamente a brilhar, o seu tom de voz altera-se, gagueja, sente-se a profunda tristeza e revolta daquele momento. No fim, a cena termina de forma inesperada: no argumento estava escrito que o personagem de James Dean deveria resignar-se e sair de casa.
James Dean improvisa e, imbuído totalmente nas emoções do seu personagem, encosta o pai à parede e abraça-o a chorar em total desespero. O actor Raymond Massey (pai) ficou surpreendido com a reacção de James Dean mas continuou a actuar, dizendo o que estava no guião ("Cal! Cal!").
O realizador Elia Kazan viria mais tarde dizer que, apesar de Dean se ter desviado do guião, acabou por incluir esta cena no filme por causa do intenso momento espontaneamente demonstrado pelo talento do jovem actor.
Um momento que prova a genialidade de James Dean, um actor que, caso não tivesse vivido sempre no fio da navalha e desaparecido antes do tempo, poderia ter sido maior que um Marlon Brando ou um James Stewart.

domingo, 28 de novembro de 2010

Actrizes: a importância da roupa


Um bom guarda-roupa é fundamental para um dar credibilidade a um filme de época ou de género. Confesso que é uma área à qual não sou especialista nem nunca liguei muita importância no cômputo geral da matéria cinematográfica. Mas reconheço a inegável relevância de um bom guarda-roupa em determinados filmes (nuns mais do que outros, mais no lado feminino do que no masculino).
O jornal inglês "Mail Online" divulgou um artigo em que enunciava os 10 melhores guarda-roupas de actrizes. Não é de admirar que Audrey Hepburn esteja duas vezes mencionada na lista, já que é considerada uma das mais elegantes mulheres do cinema de sempre. Já outras opções me parecem mais discutíveis, mas as listas valem pelo que valem...
O top 10 aqui.