O British Film Institute comemora este ano 77 anos de existência.
Há dois anos, esta autêntica instituição do cinema europeu solicitou a 75 personalidades ligadas ao cinema e às artes, uma votação intitulada "Visions For The Future", para cada uma delas nomear apenas um filme que fosse uma marca para o futuro do cinema.
Entre artistas consagrados e outros desconhecidos, revelaram-se algumas boas surpresas: a actriz Cate Blanchett escolheu "Stalker" de Tarkovski; o realizador Ken Russell optou por "Metropolis"; Julien Temple seleccionou a obra-prima de Jean Vigo, "L'Atalante"; para o compositor Michael Nyman, o filme que marcaria o futuro é "Silent Light" do mexicano Carlos Reygadas (de quem se diz ser o maior discípulo de Tarkovski); o produtor Mark Herbert escolheu um dos últimos filmes de Werner Herzog, "Grizzly Man".
Outros filmes escolhidos: "Do The Right Thing" de Spike Lee, "Pulp Fiction" de Tarantino, "Raging Bull" de Scorsese, entre dezenas de outros.
Este é um tipo de iniciativa que raramente vemos acontecer no panorama cultural e institucional nacional. A título de exemplo: a Cinemateca vive encerrada sobre si mesma, não solicita ou desafia a comunidade artística e muito menos a sociedade em geral. Era importante que as estruturas culturais se abrissem mais à comunidade artística (e não só), lançando desafios de colaboração e de envolvimento, apelando à contribuição dos cidadãos (anónimos ou reconhecidos) para uma dinâmica cultural mais interactiva e actuante na sociedade.
1 comentário:
"Era importante que as estruturas culturais se abrissem mais à comunidade artística (e não só), lançando desafios de colaboração e de envolvimento, apelando à contribuição dos cidadãos (anónimos ou reconhecidos) para uma dinâmica cultural mais interactiva e actuante na sociedade."
WTFIT?? Repito: WTFIT???
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