Ontem revi no canal Hollywood o magnífico filme "Barton Fink" (1991) de Joel e Ethan Coen: é a história de um argumentista que, tendo sucesso no teatro da Broadway nos anos 40, é contratado para trabalhar na meca do cinema, Hollywood, no intuito de escrever argumentos para filmes de guerra série B. John Turturro (na imagem), no papel de Barton Fink, é magistral na forma como encarna o papel de um argumentista perturbado e desinspirado por diversos acontecimentos surreais.
Aliás, todo o filme é perpassado por uma atmosfera kafkiana, tensa e enigmática. Quaise diria que tem um toque kubrickiano, na forma como encena determinadas cenas. O filme é sobre o trabalho de escrita, sobre a criatividade das palavras, sobre os sonhos desfeitos, sobre a crise de inspiração, sobre o cinema "himself".
Foi o primeiro filme dos irmãos Coen a ganhar prémios em Cannes (Palma de Ouro, Melhor Actor e Melhor Realizador) e, para mim, continua a ser o meu filme preferido dos autores de "No Country for Old Man".
4 comentários:
vi-o pela primeira vez anteontem. e fiquei estupefacto com a qualidade do filme... à grande interpretaçao de turturro acrescento a soberba de goodman. e a de todos os actores de uma certa forma. sim, a cena do elevador faz-me lembrar kubrick. creio no entanto, que o filme vai além do cinema. é um filme sobre humanos. e um soberbo filme por sinal.
o melhor filme dos irmãos coen!
Apesar de correr sérios riscos de virar chacota, ainda não vi este filme. Está no topo da estante para ser visualizado faz tempo.
Não sou um fã dos irmãos Cohen, que acho overrated pela indústria, tal como acho o Tim Burton e outros (mas isso são gostos, certo?). Tirando o "No coutry for old men" e sobretudo o "The big Lebowsky".
Enviar um comentário