"Blancanieves" ("Branca de Neve") do realizador espanhol Pablo Berger arrasou na última cerimónia dos Goya, arrecadando 10 prémios. À primeira vista, parece um sucedâneo natural do filme "O Artista", tentando copiar o sucesso deste pela forma como imita a estética do cinema mudo. No entanto, ao que parece, "Blancanieves" é um projecto anterior ao filme do realizador francês, mas que só agora foi concretizado (será mesmo?).
Seja como for, este filme que adapta para os anos 1920 de Espanha o célebre conto dos irmãos Grimm, falha na tentativa de criar um objecto original a partir da estética do mudo. É certo que tem uma boa fotografia, uma realização competente e um óptimo elenco de actores e actrizes. Porém, Pablo Berger adaptou uma história ao ambiente de Espanha dos anos 20 do século passado sem chama nem ousadia. Aliás, em termos narrativos, há até momentos de grande ingenuidade e inconsequência. "Branca de Neve" não deixa de ser, por isso, um entretenimento interessante e que se vê sem esforço, mas certamente que não ficará registado na memória futura de qualquer cinéfilo.
E, tal como acontecia com "O Artista", este filme tem também o mérito de poder motivar as novas gerações a descobrir o verdadeiro e insubstituível cinema mudo.
E, tal como acontecia com "O Artista", este filme tem também o mérito de poder motivar as novas gerações a descobrir o verdadeiro e insubstituível cinema mudo.
3 comentários:
Todo mundo vai achar realmente que está pegando carona do sucesso O Artista.
Procurando informações e críticas sobre o filme, achei este blog (com o título muito interessante). Mas acabei lendo uma crítica de achismos, escrita com belas palavras. Só. Pena.
Eduardo: não entendi o que quis dizer com "crítica de achismos, escrita com belas palavras"...
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