Ao ler o programa do sempre interessante festival "Jazz em Agosto" (1 a 9 de Agosto) da Fundação Gulbenkian, deparo-me com o concerto de John Zorn (saxofone) e Fred Frith (guitarra) e a projecção do filme documentário "The Bookshelf on the Top of the Sky - 12 Stories About John Zorn" da realizadora alemã Claudia Heuermann. O programa refere que a realizadora irá estar presente para uma conversa com a assistência após a exibição do referido documentário. O documentário é de 2004 e está à venda em DVD na Amazon (onde o comprei há três anos). O filme demorou quase dez anos a concluir, abordando diversas facetas do percurso artístico de John Zorn.
Zorn é tão admirado como odiado na cena musical de vanguarda internacional. Pode-se até dizer que, dentro do panorama underground e alternativo das músicas experimentais, Zorn encarna uma espécie de figura pop mediática. A diversidade do seu trabalho (da música judaica ao free jazz, do rock mais visceral à improvisação), a enormidade da sua produção discográfica e a extrema velocidade com que a sua criatividade oscila (para cima e para baixo), torna-o um músico à margem e com grande visibilidade na comunicação social especializada. Uma espécie de vulcão criativo imparável. Os grupos que fundou - como Painkiller, Naked City, ou Masada - são verdaderias referências estéticas da música contemporânea (assim como a editora Tzadik).
O documentário de Claudia Heuermann tenta abordar 12 facetas do trabalho de John Zorn, mas nem sempre o resultado é muito feliz. Enreda-se por vezes em explicações redundantes e estende-se em situações de ensaio demasiado exaustivas. Por outro lado, Zorn é avesso a entrevistas, facto que dificulta a tentativa de compreensão do seu trabalho estético. O mais interessante de "The Bookshelf on the Top of the Sky" são as diversas sequências de concertos em colaboração com grandes figuras da cena musical de vanguarda nova-iorquina: Mike Patton, Ikue Mori, Dave Douglas, Fred Frith, Marc Ribot, Bill Laswell, Dave Lombardo, entre muitos outros.
Zorn é tão admirado como odiado na cena musical de vanguarda internacional. Pode-se até dizer que, dentro do panorama underground e alternativo das músicas experimentais, Zorn encarna uma espécie de figura pop mediática. A diversidade do seu trabalho (da música judaica ao free jazz, do rock mais visceral à improvisação), a enormidade da sua produção discográfica e a extrema velocidade com que a sua criatividade oscila (para cima e para baixo), torna-o um músico à margem e com grande visibilidade na comunicação social especializada. Uma espécie de vulcão criativo imparável. Os grupos que fundou - como Painkiller, Naked City, ou Masada - são verdaderias referências estéticas da música contemporânea (assim como a editora Tzadik).
O documentário de Claudia Heuermann tenta abordar 12 facetas do trabalho de John Zorn, mas nem sempre o resultado é muito feliz. Enreda-se por vezes em explicações redundantes e estende-se em situações de ensaio demasiado exaustivas. Por outro lado, Zorn é avesso a entrevistas, facto que dificulta a tentativa de compreensão do seu trabalho estético. O mais interessante de "The Bookshelf on the Top of the Sky" são as diversas sequências de concertos em colaboração com grandes figuras da cena musical de vanguarda nova-iorquina: Mike Patton, Ikue Mori, Dave Douglas, Fred Frith, Marc Ribot, Bill Laswell, Dave Lombardo, entre muitos outros.
Nota: o "Jazz em Agosto" não é só feito com John Zorn. De resto, o concerto mais esperado será aquele que irá encerrar o festival no dia 9 de Agosto: Peter Brötzmann Chicago Tentet.
2 comentários:
Obrigada pela visita ao blog que temos de apoio à Rita Freitas....
E parabens pelo teu blog....já vi que aqui respira-se cultura...
Beijos e boa semana
Grande cartaz...
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