Hoje sai no Público o volume 17 da colecção "Grandes Realizadores" dos Cahiers du Cinema. Esta edição é dedicada ao realizador russo Andrei Tarkovski (ou Tarkovsky), o meu cineasta de eleição. O DVD traz o seu último filme, "O Sacrifício" (1986). Quem quiser uma edição realmente definitiva e completa sobre este filme pode sempre comprar esta magnífica edição espanhola, com 3 discos de extras (entrevistas, documentários...) e um livro de 80 páginas sobre o filme e seus intervenientes. Como habitualmente, a edição DVD do Público vem acompanhada por um livro de 100 páginas da colecção Cahiers du Cinema. Este livro é deveras imprescindível para todos os amantes de Tarkovski, pelo simples facto de ser da autoria de um grande especialista em cinema (tem livros sobre Lynch, Kubrick, Chaplin e Tati): Michel Chion. Chion é escritor, argumentista, ensaísta e compositor de música concreta (tem vários livros sobre música electrónica e concreta) e um especialista no cinema russo. No livro aborda a arte das imagens de Tarkovski mas também a sua relação com o som e a música. Imprescindível.
Entre muitos planos-sequências geniais que Andrei Tarkovski filmou ao longo da sua brilhante carreira, este plano-sequência final de "O Sacrifício" é dos mais geniais - e que deu muitas dores de cabeça ao realizador russo, pois teve de ser filmado duas vezes (repare-se nos movimentos de câmara, no cenário, na mise-en-scène, no ambiente criado...).
Entre muitos planos-sequências geniais que Andrei Tarkovski filmou ao longo da sua brilhante carreira, este plano-sequência final de "O Sacrifício" é dos mais geniais - e que deu muitas dores de cabeça ao realizador russo, pois teve de ser filmado duas vezes (repare-se nos movimentos de câmara, no cenário, na mise-en-scène, no ambiente criado...).
2 comentários:
É a primeira vez que deparo com alguém que comsidera o Tarkovski o seu cineasta preferido. Não é exactamente o meu caso, mas gosto imenso dele, embora tenha poucos filmes em DVD (Andrei Rubliev, Nostalgia e, agora, o Sacrifício). Mas conheço a obra quase toda (tb não é muito extensa) e não há filme de que não goste muito. Sempre discordei daqueles que consideram Tarkovski um realizador difícil, parado e aborrecido de morte. São falsos argumentos que apenas servem para justificar uma certa preguiça mental. Gosto do cinema com ideias fortes que me faz pensar e sentir toda a sua beleza estética e o cinema de Tarkovski é dessa estirpe. Parabéns pelo seu gosto.
Rui: caso tenham passado despercebidos, tenho mais uns quantos posts sobre o Tarkovski aqui - http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/search/label/Andrei%20Tarkovski
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