É o regresso em grande do músico Amon Tobin, depois do excelente álbum "Foley Room" de 2007. Amon gosta de referir que "ISAM" é mais um trabalho de "escultura sonora" do que propriamente musical. E faz sentido. Depois das incursões geniais na manipulação de samples, do trabalho meticuloso ao nível dos ambientes jazzísticos, dos intricados ritmos e das atmosferas cinematográficas (David Lynch é o seu cineasta preferido), Amon Tobin vira-se, agora, para uma exploração sonora mais pessoal, revelando uma evolução estética verdadeiramente assinalável (Amon deixou de lado a manipulação alheia dos samples e procurou gravar e criar os seus próprios sons).
"ISAM" é, por isso, um complexo manifesto sonoro extremamente rico na estrutura e em pormenores que dão corpo a uma música electrónica original, consumando, assim, uma viragem mais experimental e vanguardista no trabalho habitual de Amon Tobin.
Amon Tobin é um espantoso "cientista dos sons", um pesquisador da matéria sonora mais inaudita, e "ISAM"está aí para provar todo o seu talento criativo e para proporcionar novas descobertas a cada audição do álbum.
2 comentários:
É bom, mas faz-me lembrar o filme "Enter The Void"; apesar de não poder ser verdade, dá a nítida sensação que não fez opções, quis meter tudo, tal miúdo numa loja de doces! A edição é uma arte e saber fazer opções, principalmente as correctas, também.
qui tu pan tu li pan pan que ti kunda sulun ma da!
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