No Dia da Mulher, evoco uma mulher pouco conhecida mas de grande valor: Lee Miller (1907 - 1977). Lee Miller foi uma bela modelo que fascinou Nova Iorque e Paris nos anos 30 e 40. E foi a musa inspiradora dos surrealistas, tendo servido de modelo e de objecto estético de Man Ray, de Jean Cocteau e de Picasso. André Breton, Picasso e Max Ernst têm também trabalhos sobre ela.
Depois desta aventura como modelo, Lee Miller, qual mulher à frente do seu tempo, pegou na máquina fotográfica e começou ela própria a captar o mundo à sua volta. Retratos, paisagens de diversos países e, sobretudo, a reportagem fotográfica sobre a 2ª Guerra Mundial, valeram-lhe grande reconhecimento internacional. Famosa ficou a fotografia que tirou na banheira de Hitler, no dia 30 de Abril de 1945, em Munique, no mesmo dia em que o ditador alemão morreu no bunker de Berlim.
Dizem que era uma mulher desassombrada, corajosa e ousada como poucas. Depois da Guerra investiu o seu talento na revista de moda Vogue e vagueou por países como Marrocos e Egipto à procura de sombras e de despojamento.
A sua fotografia é feita disso mesmo, de sombras, de despojamento, de intrepidez e de grande plasticidade estética.
Na Amazon existe um lista rica e variada de livros e biografias sobre a vida e obra de Lee Miller.
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