sábado, 24 de novembro de 2007
Chris Cunningham - o videoclip como arte
Na história recente da cultura do videoclip (antigamente desingado teledisco), há cinco ou seis grandes realizadores que deixaram marca autoral:
David Fincher
(agora realizador de cinema), os conhecidos
Spike Jonze
e
Michel Gondry
,
Floria Sigismondi
(autora do célebre
"The Beautiful People"
de
Marilyn Manson
, entre outros),
Jonathan Glazer
(realizou em 2004 o interessante
"Birth"
com Nicole Kidman) e
Chris Cunningham.
Este último é, para O Homem que Sabia Demasiado, o maior de todos, ainda que a sua produção seja, porventura, menor em quantidade relativamente aos restantes realizadores. Realizou spots publicitários (Playstation, por exmeplo), videoclips para artistas pop mainstream -
Madonna
e
Björk
e para seminais projectos da electrónica experimental -
Autechre
,
Aphex Twin
,
Squarepusher
(da editora Warp Records). Para a cultura do audiovisual da década de 90 ficará para sempre esse impressioante documento que é
"Come to Daddy"
(1997) de
Aphex Twin
, verdadeiro compêndio simbiótico de negritude estética, cibernética alienada, música libertária e imagens em erupção catatónica. Aprendeu com o mestre:
Stanley Kubrick
, com quem trabalhou um ano para o projecto nunca concluído
"I.A."
(posteriormente realizado por Spielberg).
Em 2005, Cunningham realiza uma espécie de sequela de
"Come to Daddy"
, onde um corpo mutante e disforme (reminiscências das mutações genéticas de
David Lynch
e
David Cronenberg
) chamada
"Rubber Johnny"
dança, de forma aterradora, uma polirrítimca música de... Aphex Twin. Já não é propriamente um videoclip com a estrutura convencional, é antes um formato mais ambicioso, próximo da curta-metragem de ficção. E é outro legado insusbtituível da cultura das imagens para a primeira década deste novo milénio.
Last but not least:
Chris Cunningham prepara, já há algum tempo, a adaptação para cinema do célebre livro da cultura cibernética
"Neuromancer"
do guro tecnológico
William Gibson
. Aguarda-se nada menos do que uma bomba.
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