O “Diário de Anne Frank”, escrito entre 1942 e 1944, é um impressionante relato escrito por uma adolescente desde os 13 aos 15 anos. A maturidade da escrita da jovem Anne Frank revelou-se um testemunho perturbante do horror nazi durante a segunda Guerra Mundial. Ao longo de dois longos anos, Anne Frank e a sua família judaica, refugiaram-se no sótão de uma casa holandesa com medo de sair à rua e serem capturados pelos nazis. O diário era uma forma de escape para Anne Frank, no qual expunha, com grande inteligência e perspicácia, as suas angústias, preocupações e visões da guerra, através das informações recebidas pela rádio e testemunhos que ela própria recolhia. Ao folhear ao caso o livro “O Diário de Anne Frank” dei-me conta que a última página escrita no diário pela extraordinária jovem resistente, aborda o atentado a Adolf Hitler levado a cabo pelo oficial Claus Von Stauffenberg (recentemente adaptado ao cinema no filme “Valkiria”). Eis o que conta, em 21 de Julho de 1944, no diário, Anne Frank sobre o episódio do atentado:
“Estou cheia de esperanças, tudo vai bem! Sim, vai mesmo muito bem! Notícias sensacionais. Houve um atentado contra Hitler mas, imagina, os autores não foram comunistas, judeus ou capitalistas ingleses, mas sim um general alemão da nobre raça germânica e, ainda por cima, um general ainda jovem! A providência divina salvou a vida do Fuhrer e ele escapou – infelizmente, infelizmente – com algumas arranhadelas e queimaduras. Alguns oficiais e generais que andavam com ele morreram ou ficaram feridos. O autor principal foi fuzilado. Este atentado é a melhor prova de que muitos oficiais e generais estão fartos desta guerra e que veriam com prazer o Hitler afundar-se nos mais profundos precipícios”.
“Estou cheia de esperanças, tudo vai bem! Sim, vai mesmo muito bem! Notícias sensacionais. Houve um atentado contra Hitler mas, imagina, os autores não foram comunistas, judeus ou capitalistas ingleses, mas sim um general alemão da nobre raça germânica e, ainda por cima, um general ainda jovem! A providência divina salvou a vida do Fuhrer e ele escapou – infelizmente, infelizmente – com algumas arranhadelas e queimaduras. Alguns oficiais e generais que andavam com ele morreram ou ficaram feridos. O autor principal foi fuzilado. Este atentado é a melhor prova de que muitos oficiais e generais estão fartos desta guerra e que veriam com prazer o Hitler afundar-se nos mais profundos precipícios”.
Anne Frank escreveria apenas mais uma página do diário no dia 1 de Agosto de 1944. Dias depois, a Gestapo descobria o esconderijo da família Frank, e a jovem foi deportada para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreria em Março de 1945, um mês antes do fim da guerra e da libertação do campo. O pai de Anne Frank, único sobrevivente da Holocausto, publicaria o diário da filha em 1947, transformando-se rapidamente num documento único sobre a o período mais agitado da segunda Guerra Mundial.
Site oficial de Anne Frank.
3 comentários:
Este livro, tinha eu 12/13 anos, marcou-me imenso. Depois de o ler, li ainda outro sobre testemunhos que conheceram a Anne.
O livro é, sem duvida, um documento importantissimo que devia ser obrigatório. A miuda era incrivel.
Livro muito importante oara a cultura sócio-cultural eu conheci ele por acaso a poucos dias mas desde então tenho um fsacínio enorme por ele e por ela, desde já agradeço a DEUS por ela ter existido e ter nos presentiado com essa obra prima...
A primeira vez que li este livro tinha 18 anos. Voltei a lê-lo aos 30 e o ano passado fui visitar a casa/museu em Amsterdam. Gostei muito e na ala final onde mostra a lista dos executados, fiquei mesmo muito "afectada".
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