quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A magia sonora do didjeridoo


O didjeridoo é um instrumento de sopro oriundo das tribos aborígenes australianas. Tradicionalmente, é um tronco longo de eucalipto ou de bambu oco por acção das térmitas. Tem um som característico e pode variar entre a austeridade tímbrica e a suavidade mística. O didjeridoo está longe de se restringir à música étnica, uma vez que tem sido utilizado (e continua a ser) em muitos grupos de música e géneros musicais ocidentais.
Aliás, é um instrumento tão popular como o djambé. Apesar de não parecer, tocar didjeridoo não é fácil e requer treino persistente, sobretudo para o músico conseguir controlar a chamada técnica de "respiração circular", que permite emitir sons de forma contínua: expira-se com a boca e inspira-se pelo nariz ao mesmo tempo (tenho um didjeridoo e só consigo produzir uns escassos e titubeantes sons...).
Em Portugal há um excelente executante deste instrumento australiano: faz parte do grupo Olivetree, um trio de músicos constituído por um tocador de didjeridoo, um baterista e um percussionista. Os seus concertos ao vivo (vi-os uma vez) são uma verdadeira e alucinada celebração rítmica (como se fosse drum'n'bass tribal). Por esse mundo fora há muitos músicos que tocam didjeridoo, de forma amadora ou profissional. Um dos maiores especialistas no didjeridoo é Stephen Kent, um músico australiano que fez parte do grupo Trance Mission. No vídeo que se segue podemos vê-lo a tocar com o baterista americano Tony Royster jr., um jovem e talentoso músico de 23 anos (começou aos 10!).
A junção dos sons graves e ondulantes do didjeridoo com os ritmos da percussão conferem uma proposta musical deveras inusitada e contagiante.

3 comentários:

DiogoF. disse...

Não conhecia, gostei muito do vídeo.

Paulo Assim disse...

5 estrelas!
:)

narku disse...

Sofro do mesmo, tenho um didj em casa e fazer respiração circular é um filme.
Bom post!