segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cultura e agricultura


O escritor Gonçalo M. Tavares foi entrevistado na TVI.
Para além de ser um dos mais importantes escritores portugueses da actualidade, é também um dos mais premiados e reconhecidos dentro e fora portas. E é também um óptimo conversador, explanando as suas ideias sobre literatura, o homem e o mundo de forma clara e explícita (sei porque também já assisti a uma tertúlia com ele).
Nessa curta entrevista, a páginas tantas, o escritor fez uma curiosa analogia entre cultura e... agricultura. Referia-se ao amadurecimento do tempo que as coisas boas levam a construir. Ou seja, na agricultura lançam-se as sementes à terra e durante semanas ou meses pouco ou nada acontece, até que surgem os frutos dessas sementes. Na cultura, o processo é idêntico: tem de se investir neste campo o mais possível, editando livros, incentivando os jovens à leitura, para que ao fim de um certo tempo (médio ou longo), surjam os devidos e positivos frutos.
Também partilho esta ideia de que a cultura é um processo lento do qual se retiram proveitos a médio ou longo prazo. Um processo paulatino que promove o enriquecimento do espírito e da formação harmoniosa do indivíduo. Como o agricultor que espera o tempo necessário até que as videiras dêem suculentas uvas.

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