O seminal crítico de cinema francês Andre Bazin tinha um livro cujo título era “O Que é o Cinema?”. Por sua vez, o realizador português Marco Martins pergunta “o que é a crítica?”
Vem esta introdução a propósito do facto do semanário Expresso comemorar 35 anos de existência. No âmbito desta efeméride, foi convidado o realizador Marco Martins (que fez o premiado “Alice”) para editar o caderno “Actual”. Marco Martins pensou então em pedir aos próprios críticos, músicos, actores e outros intervenientes da actividade cultural, para manifestarem breves reflexões sobre a crítica. Para que serve? A quem chega? Que valor tem para os criadores e o público? Em boa hora Marco Martins se lembrou desta vertente do jornalismo cultural, uma vez que o exercício critico, responsável, sério e sistemático, desempenha um importante papel na comunicação com o leitor/receptor. Afinal existe ainda crítica militante em Portugal? Existe espaço público nos media (sobretudo jornais) para a crítica de diversas artes (cinema, dança, artes plásticas, literatura, teatro)?
Nas dezenas de respostas a este desafio, os muitos agentes artísticos manifestam muitas e variadas abordagens ao universo da crítica. Quase todos se referem que é um instrumento importante para definir critérios de qualidade face a um determinado objecto artístico. Quase todos, de igual forma, se lamentam que há cada vez menos espaço público para os críticos revelarem o seu trabalho. Isto é um facto: no panorama da imprensa de dimensão nacional, tirando o Expresso e o Público (com o suplemento Ípsilon), que outros jornais se preocupam em exercer a crítica e, simultaneamente, divulgar as artes e a cultura? E mesmo no Expresso, há músicos que manifestam o seu desagrado. É o caso de Vítor Rua, metade do duo Telectu com Jorge Lima Barreto, quando refere que em 26 anos de actividade musical, nunca o Expresso fez uma entrevista com esse projecto. Da mesma forma, outro músico, Nuno Rebelo, assevera que “a crítica, tal como existe presentemente nos media, não é mais do que um mero instrumento ao serviço dos negócios da cultura, pelo que toda a arte verdadeiramente independente não é objecto de crítica”.
Actores, coreógrafos, encenadores, realizadores, músicos, artistas plásticos, escritores e jornalistas, revelam o seu conceito de crítica em meia dúzia de linhas. Uma edição singular e pertinente do “Actual” do Expresso. Para guardar e reflectir.
Vem esta introdução a propósito do facto do semanário Expresso comemorar 35 anos de existência. No âmbito desta efeméride, foi convidado o realizador Marco Martins (que fez o premiado “Alice”) para editar o caderno “Actual”. Marco Martins pensou então em pedir aos próprios críticos, músicos, actores e outros intervenientes da actividade cultural, para manifestarem breves reflexões sobre a crítica. Para que serve? A quem chega? Que valor tem para os criadores e o público? Em boa hora Marco Martins se lembrou desta vertente do jornalismo cultural, uma vez que o exercício critico, responsável, sério e sistemático, desempenha um importante papel na comunicação com o leitor/receptor. Afinal existe ainda crítica militante em Portugal? Existe espaço público nos media (sobretudo jornais) para a crítica de diversas artes (cinema, dança, artes plásticas, literatura, teatro)?
Nas dezenas de respostas a este desafio, os muitos agentes artísticos manifestam muitas e variadas abordagens ao universo da crítica. Quase todos se referem que é um instrumento importante para definir critérios de qualidade face a um determinado objecto artístico. Quase todos, de igual forma, se lamentam que há cada vez menos espaço público para os críticos revelarem o seu trabalho. Isto é um facto: no panorama da imprensa de dimensão nacional, tirando o Expresso e o Público (com o suplemento Ípsilon), que outros jornais se preocupam em exercer a crítica e, simultaneamente, divulgar as artes e a cultura? E mesmo no Expresso, há músicos que manifestam o seu desagrado. É o caso de Vítor Rua, metade do duo Telectu com Jorge Lima Barreto, quando refere que em 26 anos de actividade musical, nunca o Expresso fez uma entrevista com esse projecto. Da mesma forma, outro músico, Nuno Rebelo, assevera que “a crítica, tal como existe presentemente nos media, não é mais do que um mero instrumento ao serviço dos negócios da cultura, pelo que toda a arte verdadeiramente independente não é objecto de crítica”.
Actores, coreógrafos, encenadores, realizadores, músicos, artistas plásticos, escritores e jornalistas, revelam o seu conceito de crítica em meia dúzia de linhas. Uma edição singular e pertinente do “Actual” do Expresso. Para guardar e reflectir.
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