Ao ler o blogue do Pedro Mexia reparei num post sobre Lee Miller. Havia muitos anos que não lia, via ou ouvia qualquer referência a esta mulher. E Lee Miller não foi qualquer mulher. Foi uma modelo que fascinou Nova Iorque e Paris nos anos 30 e 40. E foi a musa inspiradora dos surrealistas tendo servido de modelo e de objecto estético de Man Ray, de Jean Cocteau e de Picasso. André Breton, Picasso e Max Ernst têm trabalhos sobre ela. Depois, pegou na máquina fotográfica e começou ela a captar o mundo à volta. Retratos, paisagens de diversos países e, sobretudo, a reportagem fotográfica sobre a 2ª Guerra Mundial valeram-lhe reconhecimento internacional. Dizem que era uma mulher desassombrada, corajosa e ousada como poucas. Depois da Guerra investiu o seu talento na revista de moda Vogue e vagueou por Marrocos e pelo Egipto à procura de sombras e de despojamento. A sua fotografia é feita disso mesmo, de sombras, de despojamento, de intrepidez e de grande plasticidade estética.
Na Amazon existe um lista rica e variada de livros e biografias sobre a vida e obra de Lee Miller.
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