quarta-feira, 9 de abril de 2008

O ofício de Dreyer


O ofício dele era o cinema. E ao longo da vida fez cinema de dimensão artística raramente igualável. O sueco Carl Theodor Dreyer seguia o mesmo lema de Robert Bresson: o cinema não é entretenimento, o cinema é uma escrita. Carl Dreyer foi um cineasta de grande exigência técnica e estética. Desde “A Paixão de Joana D’Arc” (1928), passando por “Vampyr” (1932) até às obras magnas “A Palavra” (1955) e “Gertrude” (1964), Dreyer construiu um universo imagético único, um longo percurso de procura pelo interior das emoções humanas (e religiosas) e pelo sentido existencial das coisas. Sem Dreyer, não teria havido o mesmo Bergman, o mesmo Antonioni ou o mesmo Reygadas. “O Meu Ofício” é um sublime documentário (edição DVD Costa do Castelo) que aborda alguns pontos essenciais da vida e do trabalho criativo do mestre do cinema sueco. Um olhar fascinante sobre um dos mais fascinantes realizadores de sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tudo o que diz é verdade, excepto uma coisa: Dreyer era dinamarquês.
Um abraço.

Unknown disse...

Ups, é correcto. Dinamarquês mesmo. Obrigado.