A recente morte do actor Charlton Heston trouxe-me à memória uma série de filme em que participou. Como é óbvio, não conheço toda a sua filmografia. Mas dos filmes mais famosos há um que ficará para sempre impregnado no meu imaginário cinéfilo no qual Heston desempenha um papel assombroso. Não, não se trata do papel de Moisés no bíblico filme "Os Dez Mandamentos" (1956, de Cecil B. DeMille), ou de Coronel George Taylor no "Planeta dos Macacos" (1968, de Franklin Schaffner) ou, ainda, do invevitável Judah Ben-Hur no épico "Ben-Hur" (1959, William Wyler). Refiro-me à obra maior (quanto a mim) de Orson Welles: "Touch of Evil" (1958). Neste filme barroco e estilizado até à medula de Welles, Charlton Heston interpreta o polícia mexicano Mike Vargas, envolvido num mundo de crime e corrupção liderado pelo sinistro capitão Hank Quinlan (um majestoso Orson Welles). Esse sim, será o Heston para recordar.
10 comentários:
Os dez mandamentos do De Mille também é uma obra-prima. O Moisés de Charlton Heston é que nem por isso. Mas, se reparar bem, até no Touch of evil (grandioso filme, inequivocamente)Heston é fraquito. E, aqui e ali, ainda lhe se notam os tiques de Moisés... 10 em 10 para os filmes, 2 ou 3 (na mesma escala) para Heston (enfim, 4, pelo respeito que merece a sua morte).
«ainda se lhe notam...» o revisor do texto estava a dormir...
Esqueceram-se do excelente "Soylent Green" (À Beira do Abismo) de Richard Fleicher. Ainda não vi qualquer referência a este filme a propósito da morte de Charlton Heston em nenhum blog de cinema.
Cumprimentos
Confesso que não conheço esse filme do Fleicher...
Soylent Green:
http://www.imdb.com/title/tt0070723/
Afinal o título que recebeu em português foi "À Beira do Fim". Peço desculpa.
Completamente de acordo com Anónimo, "Soylent Green" de Fleischer foi o último filme de qualidade em que participou e filmes de qualidade não abundam na sua filmografia. "Os 10 Mandamentos", obra-prima absoluta, "Sede Do Mal" (sem comentários) e "Soylent Green" e mais um ou outro "satisfaz bem" Heston não deixa muitas saudades.
jPinto
e não se esqueçam do magnífico papel e filme, Major Dundee. Do rebelde Peckinpah!
pois, faltava esse grande (e desequilibrado)filme...
El Cid, 1961; Marco Antonio, 1972
Charlton Heston, amigo de España
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