Dizem que este homem de aparência cansada, de farta cabeleira, barba à eremita e já com uns anos de vida em cima, é Clutchy Hopkins. Dizem, mas ninguém sabe ao certo. Já conhecia o fenómeno de nome, de ter ouvido ou lido algures sobre o personagem, mas só agora, após a leitura da excelente crítica no último suplemento Ípsilon do Público pela pena do João Bonifácio, é que aprofundei a coisa. É quase certo que este Clutchy Hopkins é um personagem criado por um músico e /ou produtor de reconhecida qualidade artística mas que, por qualquer razão (comercial até), prefere cultivar o anonimato (lembremo-nos dos Residents). Especula-se que por detrás deste homem barbudo estejam nomes como Money Mark (ex-Beastie Boys), Madlib (músico de fusão jazz electrónico), DJ Shadow (o mago do sampling) ou Danger Mouse (dos Gnarls Barkley). Se formos rigorosos, qualquer um destes músicos tem características estéticas que os denunciam como possíveis alter-egos de Hopkins. Se tivesse de apostar, apostaria claramente em Money Mark ou DJ Shadow.
Seja quem for (e a verdadeira identidade acaba por não ser o mais importante), o que interessa assinalar é que a música de Hopkins é vigorosa e repleta de elementos de interesse. Já ouvi o excelente segundo álbum do artista (recentemente editado), "Walking Backwards" e, não sendo propriamente revolucionário ou uma obra-prima, é um excelente disco que revigora a linguagem de fusão entre jazz, funk, blues, downtempo, hip-hop e electrónica. O seu primeiro álbum, "The Life of Clutchy Hopkins" (2006) já denunciava uma extrema clarividência estética. Para tentar saber um pouco mais acerca de Clutchy Hopkins ou, quiçá, saber menos, pode-se investigar neste site.
1 comentário:
parabens pelo blog..demais man
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