É um dos acontecimentos do ano no que diz respeito ao mercado editorial português: no próximo dia 7 de Abril, vão ser editados os dois volumes da obra literária “O Homem Sem Qualidades” de Robert Musil (1880 – 1942). Traduzido pela primeira vez directamente do alemão pelo competentíssimo João Barrento (tradutor, ensaísta, crítico literário), este romance é tido como o baluarte da pós-modernidade do século XX, ao lado de “À Procura do Tempo Perdido” de Marcel Proust e “Ulisses” de James Joyce (nomes a que se poderá adicionar Franz Kafka). Tal como a obra “Ulisses”, “O Homem Sem Qualidades” é uma obra muito citada e referenciada mas pouco lida. É o meu humilde caso. De Robert Musil li apenas “O Jovem Törless” (o outro livro que Musil escreveu em vida), um possante retrato da juventude através da trajectória existencial de um jovem num internato e das suas perturbações (que vão das dúvidas teológicas até os traumas da diferenciação sexual – obra que influenciou a escrita existencialista de “Manhã Submersa” de Vergílio Ferreira).
3 comentários:
Aqui está uma boa novidade. Também me fiquei pelo "Jovem Törless". Esperemos que esteja no mercado em breve. Traduzido pelo João Barrento, talvez o único "O Homem com Qualidades" para qualquer tradução de língua alemã, é de sair de casa a correr no dia do lançamento.
jPinto
É isso mesmo.
VA
Victor, achas mesmo que Musil, Proust e Joyce são baluartes da pós-modernidade? É que este é um conceito filosófico, "inaugurado" por Jean-François Lyotard, no seu livro "A Condição pós-moderna" (1979.
Enviar um comentário