terça-feira, 22 de julho de 2008

O vampiro de Dreyer


É uma das mais belas capas de DVD dos últimos tempos. Trata-se da edição em DVD do filme "Vampyr" (1932) , uma espantosa obra-prima do realizador dinamarquês Carl T. Dreyer. Célebre pelo seu cinema altamente depurado (como Bresson, Bergman ou Tarkovski), Dreyer deixou alguns dos mais importantes e aclamados filmes europeus de sempre: "A Paixão de Joana D'Arc" (1928), "A Palavra" (1955) ou "Gertrud" (1964). Na passagem do cinema mudo para o sonoro (como Frtiz Lang com o filme "M - Matou" do mesmo ano), "Vampyr" é um prodigioso e complexo exercício expressionista e psicológico sobre a existência maligna no mundo através da metáfora clássica do vampiro (rebuscada à literatura gótica). Um filme visualmente electrizante (a rivalizar com o incontornável "Nosferatu" de Murnau), um filme de jogos de sombras, de labirintos bizarros e de visões oníricas.
No mercado nacional - que eu tenha conhecimento - só existe uma velha edição em VHS do filme (a que eu tenho - Costa do Castelo), incapaz de revelar todos os incríveis pormenores plásticos de uma obra maior do expressionismo europeu dos anos 30. Porém, pela mão da melhor e mais exigente editora de DVDs do mundo (pelo menos para cinéfilos), a Criterion, o mítico filme de Dreyer volta a estar disponível numa - diz-se - esplendorosa cópia digitalmente masterizada. Para além do próprio filme, esta edição vem acompanhada com uma disco extra recheado de extras ("special features").

1 comentário:

Anónimo disse...

Este filme é uma obra-prima absoluta! Há 2 versões do filme, uma "muda" e outra "sonora" digamos assim...não sei qual é a versão da criterion.