sexta-feira, 4 de julho de 2008

A visão redutora


Miguel Sousa Tavares não podia deixar passar ao lado a possibilidade de dar uma ferroada ao comendador Joe Berardo. No Jornal da TVI o escritor de "O Equador" referiu, a propósito da comemoração do 1º aniversário do Museu Berardo, que este teve 500 mil visitantes por causa apenas de um motivo: as entradas terem sido gratuitas. Nem uma palavra sobre a importância de Portugal ter um Museu de arte moderna e contemporânea desta envergadura e qualidade; nem uma palavra para o valor artístico indubitável que esta colecção possui, o impacto no turismo cultural, para o trabalho desenvolvido pelo Serviço Educativo no sentido de dinamizar actividades para a sensibilização artística junto dos jovens, etc.
É certo que as entradas gratuitas poderão ter contribuído, até certo ponto, para o sucesso de visitas ao Museu, mas reduzir o balanço de um ano de actividade a este único facto, já é querer ter uma visão maledicente e redutora da questão.

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