Alfred Hitchcock realizou, ao longo da sua carreira, cerca de 50 filmes. Mas tinha intenção de realizar muitos outros, que não passaram da pré-produção ou, até, do argumento.
Dentro desta considerável lista de filmes nunca concretizados há um título muito especial: "Kaleidoscope".
Hitchcock quis um dia realizar o seu filme mais negro e violento de sempre, de tal forma que "Psycho" pareceria uma produção da Disney.
Corria o ano de 1971. O mestre do suspense já tinha deixado ao mundo todas as suas obras-primas, mas faltava-lhe fazer "Kaleidoscope", um filme que retratava a vida de um "serial killer" e violador. O próprio Hitchcock, amante do humor negro e dos recantos violentos da mente humana, achava que poderia ser um filme demasiado violento e perturbador para o grande público. "Kaleidoscope" seria um filme brutal com vários assassinatos filmados de forma inovadora (e com luz natural) - o actor Michael Caine interpretaria o papel do terrível assassino.
No entanto, "Kaleidoscope" nunca viu a luz do dia. O argumento estava escrito (mostrou-o a François Truffaut que gostou, mas aconselhou Hitch a ser comedido com o grau de violência e sexo), a pré-produção chegou a estar em marcha, mas os estúdios de cinema que iriam financiar o filme - MCA Studios - abortaram o projecto. Razão? O argumento demasiado repulsivo e violento. E assim se perdeu, porventura, uma portentosa obra de Alfred Hitchcock, uma viagem aos abismos mais negros de uma mente psicótica, num filme extremo como o próprio Hitchcock nunca tinha feito.
No entanto, "Kaleidoscope" nunca viu a luz do dia. O argumento estava escrito (mostrou-o a François Truffaut que gostou, mas aconselhou Hitch a ser comedido com o grau de violência e sexo), a pré-produção chegou a estar em marcha, mas os estúdios de cinema que iriam financiar o filme - MCA Studios - abortaram o projecto. Razão? O argumento demasiado repulsivo e violento. E assim se perdeu, porventura, uma portentosa obra de Alfred Hitchcock, uma viagem aos abismos mais negros de uma mente psicótica, num filme extremo como o próprio Hitchcock nunca tinha feito.
Agora pergunto-me qual seria o realizador contemporâneo cmais indicado para adaptar ao grande ecrã este argumento tão visceral. David Cronenberg? Quentin Tarantino?
9 comentários:
David Lynch?
Sim, Lynch faria sentido.
Exacto, Lynch. Ou então Von Trier.
Gaspar Noé.
ou David Fincher...
Para mim seria o Abel Ferrara.
depois do Anticristo, o meu voto também vai para Von Trier
O realizador do Oldboy, o Park Chan-wook e o Lars Von Trier também levaria a bom porto esse filme apesar de o achar demasiado frio para estar á altura de Hitchcock. Os Cohen também o saberiam honrar e deixariam um bom travo de clássico.
e o cronenberg?
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