sábado, 28 de março de 2009

Escadaria de Odessa

A escadaria de Odessa. Os soldados em descida ritmada. O massacre. Os tiros. A multidão em fuga. A poderosa montagem das "atracções". O grito da mãe com a criança morta nos braços. O carrinho de bebé. O plano do rosto da mãe em pânico. O homem sem pernas. A criança pisada. Cinema puro. O génio.

4 comentários:

Francisco Maia disse...

Vamos ser sinceros. o Couraçado é uma obra prima pela sua inovação e técnica perfeita. Mas e o resto?

Se calhar sou de uma escola de miúdos mimados que cresceu a ver Tarantino e isso influencia a minha visão, reconheço. Talvez seja apenas estupidez mas considero algumas das primeiras obras-primas do cinema algo sobrevalorizadas. Como as de Griffith. Também não chamam de arte às pinturas rupestres. (e com esta fui longe demais.)

Por outro lado estou de mau humor. Pode ser isso.

Anónimo disse...

Porque deves ser burro. E deves perceber tanto de cinema e de pintura como eu de lagares de azeite.
Desculpa lá ó Chico.

Unknown disse...

Devias estar mesmo de mau humor! :)

Diminuir a importância de um filme como este de Eisenstein é muito, mas muito ousado e arriscado. Não admira depois o comentário como o do anónimo,,,

Esta sequência é talvez a mais estudada, comentada e idolatrada de toda a história do cinema. E não apenas este filme do cineasta russo, como também de toda a sua restante filmografia.

Francisco Maia disse...

1º - anónimos não me interessam. muito menos os que não opinam nem fundamentam por isso, fixe pa ti.

2º - Caro Victor Afonso, sei bem demais do que falas pois estudei com afinco não só a maior parte da filmografia de Eisentein e dos seu contemporaneos, como vi, revi, estudei, comi e bebi esta cena da escadaria de Odessa.

Não lhe tiro o seu valor. Sem Eisenstein, Griffith, Meliés e companhia não haveria cinema. São génios que inventaram uma arte quase do nada (digo quase pk certas regras da dinamica de opostos já vinham da pintura) e ninguém lhes pode negar isso.

...e agora já me perdi no raciocínio. Mas acho mesmo que deifica este "inventores" da gramática que no fundo nos deram a linguagem mas que não exaltaram a arte em si como conteúdo.

Eles eram, no fundo, os melhores técnicos que já fizeram cinema, os primeiros e os pioneiros mas não os melhores artistas.

Penso que talvez não me saiba fazer entender o suficiente. Mas espero que percebam que tenho Eisenstein em grande estima, apenas o acho sobrevalorizado nos dias que correm.