Um novo disco de John Zorn é sempre um regozijo. Mesmo que este músico de vanguarda já tenha, na sua conta pessoal discográfica, muitas dezenas de álbuns. 2009 conta já com um disco editado, e consta que a sua editora Tzadik vai lançar mais trabalhos do saxofonista ainda no decorrer deste ano. Um ritmo acelerado de edições discográficas acarreta os seus riscos, mas com John Zorn podemos sempre esperar um bom capital de qualidade e surpresa. É o que acontece com o seu recente disco, da longa série "Film Works": "Film Works, Vol. 23: General".
Trata-se da banda sonora de um documentário sobre o general e presidente mexicano Plutarco Elías Calles. Musicalmente, a nova obra de John Zorn (que nem toca, é apenas compositor e arranjador), é irresistível e deliciosa. Longe dos experimentalismos improvisacionais e sónicos a que nos habituou durante anos, o músico de Nova Iorque criou, neste registo, notáveis composições musicais de grande recorte melódico, numa simbiose perfeita entre jazz e o exotismo da música latino-americana. Os músicos que tocaram neste disco são alguns dos habituais colaboradores em diferentes projectos, de há muitos anos, de John Zorn. Ou seja, instrumentistas de excepção: Marc Ribot na guitarra acústica e eléctrica; Rob Burger no acordeão e piano; Kenny Wollesen no vibrafone, marimba e percussões; e Greg Cohen no baixo eléctrico. Uma super banda de músicos talentosos num disco de uma inestimável e viciante sedução sonora.
O disco de Zorn pode ser descarregado aqui.
John Zorn
2 comentários:
\m/
Não conhecia, descarreguei o álbum e gostei muito. Obrigada pela referência.
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