quinta-feira, 26 de março de 2009

Zero em Conduta - o filme todo


A propósito do post sobre a sequência das almofadas do filme “Zero em Conduta” de Jean Vigo, quem não conhecer o filme na sua totalidade (tem apenas 44 minutos de duração), poderá visualizá-lo (com legendas em inglês), aqui.
Jean Vigo, que morreu com apenas 29 anos, fez parte da vanguarda francesa do cinema, com Jean Cocteau, René Clair e Luís Buñuel (a pesar de este ser espanhol, foi em França que começou a carreira de realizador). O pai de Vigo era anarquista e esta ideologia influenciou determinantemente a sua visão artística, resultando num cinema libertário, de recusa de regras académicas, fazendo um cruzamento de linguagens entre o realismo de um Jean Renoir e o surrealismo de um Buñuel. A sua escassa filmografia é de uma riqueza singular: o documentário “A propósito de Nice” (1929) que tanto influenciou Manoel de Oliveira no “Douro, Faina Fluvial”; o documentário “Taris” sobre um nadador famoso (1931); “Zero em Conduta” (1933), obra fundamental que reflecte sobre o autoritarismo da escola; e o maravilhoso “Atalante” (1934). Todos os filmes de Jean Vigo tiveram como operador de câmara Boris Kaufman, irmão do cineasta russo Dziga Vertov. Desde 1951 que foi instituído o “Prémio Jean Vigo” para o melhor realizador francês, atribuído anualmente.

1 comentário:

Ana Pena disse...

thanks,tenho esse filme mas só arranjei legendas desincronizadas e por isso ainda não o vi.