No dia 8 de Agosto de 1985 morria, na total solidão e indiferença, uma das maiores divas do cinema mudo: Louise Brooks.
Teve uma carreira curta, de pouco mais de 10 anos e participou apenas em 24 filmes, quase todos filmes menores e esquecidos. Menos um, que foi o suficiente para lhe valer o reconhecimento mundial, elevando-a ao património do imaginário cinematográfico de sempre: "A Caixa de Pandora" (1928), do realizador alemão G.W. Pabst (que já tinha lançado Greta Garbo).
Neste filme, Louise Brooks irrompe na tela como um vulcão sensual e interpreta Lulu, uma jovem radiante que é inconscientemente responsável pela ruína dos seus amantes e é vítima da exploração daqueles que se aproveitam de sua beleza e ingenuidade. A actriz empresta à personagem Lulu uma alta carga de erotismo. Um erotismo à flor da pele, insinuante, feito de gestos e olhares (não esqueçamos que se trata de um filme mudo). O rosto e o corpo de Brooks irradiam sensualidade, enlouquecendo os homens à volta (mais do que Marlene Dietrich fez em "O Anjo Azul" de Sternberg).
A beleza expressiva e rara de Louise Brooks e o seu talento para interpretar essa mulher fatal, enigmática e ingénua, sagrou-a para sempre como uma figura de culto que perdura até aos nossos dias. Tal é o culto que existem inúmeras páginas na internet de devoção incondicional a esta actriz e mulher que, após o fim do período mudo, praticamente não voltaria a trabalhar no cinema. A título de exemplo, veja-se este site brasileiro.
Em Portugal existe à venda, na Fnac, uma edição em DVD do filme "A Caixa de Pandora", mas pode ser adquirido uma edição espanhola (a que eu tenho) mesmo aqui, por um preço muito convidativo.
Em Portugal existe à venda, na Fnac, uma edição em DVD do filme "A Caixa de Pandora", mas pode ser adquirido uma edição espanhola (a que eu tenho) mesmo aqui, por um preço muito convidativo.
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