Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura, a propósito da implementação nas escolas do Plano Nacional de Cinema, afirmou que "os estudantes devem perceber que o cinema não começou há cinco anos, começou há cem."
Ora, se o governante queria ser pedagógico na sua afirmação (para o caso dos estudantes o terem lido), a verdade é que não se esforçou para ser historicamente rigoroso. Por um lado, duvido que até o aluno mais burro possa alguma vez afirmar que o cinema começou "há cinco anos"; por outro lado, o próprio Secretário de Estado da Cultura peca por defeito quanto à existência da sétima arte: o cinema não começou há cem anos, como refere, mas sim há exactamente 117 anos (desde 1895).
Se o SEC queria ter sido pedagógico e objectivo, devia ter referido este número e não ter arredondado à centena, assim a modos que a despachar o assunto como quem não tem muito a certeza da coisa.
1 comentário:
Permite-me discordar, a afirmação não é mais do que uma expressão de relatividade. Poderia ter dito "nem há 8 nem há 80" que o significado seria o mesmo. Não se trata aqui de precisar a existência exacta do cinema, acho eu.
Mas já quanto aos alunos poderem pensar que o cinema tem apenas 5 anos, bem... não ponho as mãos no fogo, não... Já tenho lido tamanhos disparates escritos por essas escolas fora, que seria apenas mais um.
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