terça-feira, 20 de maio de 2008

As ideias surrealistas à venda


André Breton (na imagem) lançou petróleo para a fogueira das artes de vanguarda quando, em 1924, editou o "Manifesto do Surrealismo". Um verdadeiro manual de insurreiçãoo artística, intelectual e estética que viria a influenciar grande parte da criação artística do restante século XX. Os manuscritos deste célebre documento estavam na posse de Simone Collinet, primeira mulher do artista, e vão ser leiloados, hoje mesmo, na capital francesa. O preço de licitação situa-se entre os 200 mil e os 300 mil euros (gostava de saber qual seria a reacção de Breton, caso fosse vivo, a esta exorbitância de dinheiro por um manifesto que, claramente, repudiava os valores relacionados com o vil metal e bens materiais de consumo).
O texto do "Manifesto do Surrealismo" é um texto muito interessante e rico em princípios de intenções, mas lido hoje, é-o sobretudo para estudantes de artes e curiosos. Foi um texto extremamente efémero e datado, visto que o Surrealismo, enquanto movimento artístico oficial e organizado, durou poucos anos. No entanto, mantém importância histórica pela forma como deixou o legado e marcou o pensamento artístico do século XX e grande parte da literatura, pintura, poesia e cinema. No mesmo manifesto, Breton define Surrealismo da seguinte forma: "Automatismo psíquico pelo qual alguém se propõe a exprimir, seja verbalmente, seja por escrito, seja de qualquer outra maneira, o funcionamento real do pensamento".
Quem quiser ler online ou descarregar o "Manifesto do Surrealismo", basta clicar aqui.

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