Morreu ontem o realizador Sydney Pollack, aos 73 anos, vítima de cancro detectado há apenas 10 meses. Num certo ponto de vista, Pollack integra com Scorsese e Eastwood, a última geração clássica do cinema de Hollywood. Ainda há poucos dias tinha visto o seu último filme em DVD: "A Intérprete" (2005), com Sean Penn e Nicole Kidman. Um interessante thriller político passado nos bastidores da sede da ONU. Mas Pollack vai ser lembrado por muito mais do que o seu derradeiro filme: "África Minha" (1985) com uma fabulosa Meryl Streep, está cotado na lista do Imdb como o 13º melhor filme de sempre (ganhou dois Óscares). "Tootsie" (1983), com um magnífico Dustin Hoffman travestido de mulher. "3 Dias do Condor"(1975), um filme de espionagem nomeado aos Óscares com Robert Redford e Faye Dunaway. Paralelamente à sua actividade de realizador, não se pode esquecer o trabalho importante de Pollack como produtor ("Cold Mountain" e "Michael Clayton") e actor (fez parte do naipe de actores do último filme de Stanley Kubrick, "De Olhos Bem Fechados", 1999).
Nos extras do filme "A Intérprete", Sydney Pollack comenta que o trabalho de realização é um trabalho penoso e difícil. Não retira grande prazer das filmagens, exceptuando no trabalho de montar o filme, que é aquela faceta do trabalho cinematográfico em que se sentia mais à vontade para criar no isolamento da sala de montagem. Pollack dixit: "I don't value a film I've enjoyed making. If it's good, it's damned hard work."
2 comentários:
então e o They Shoot Horses, Don't They?
Pois.
Bem lembrado.
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