Passam hoje 7 anos dos fatídicos acontecimentos do 11 de Setembro. 7 anos que mudaram a nossa percepção do mundo. O acontecimento mais marcante deste início de século e de milénio. Nestes 7 anos escreveram-se centenas de livros sobre os atentados, dezenas de documentários, milhões de páginas na internet, com informação a rodos sobre os mais diversos pontos de vista acerca do acontecimento que derrubou a suposta segurança inviolável dos EUA. Ou será que não? Políticas de esquerda e de direita à parte, a verdade é que, para o cidadão comum, subsistem muitas pontas de solta por esclarecer. A versão oficial ("The 9/11 Commission Report") continua a não saber - ou não querer - responder e explicar dezenas (centenas) de questões fundamentais e de contradições sobre os acontecimentos do 11 de Setembro. No seio da própria América, crescem, de ano para ano, movimentos e associações de cidadãos anónimos (bem como de personalidades influentes na sociedade americana - de cientistas a escritores) inconformados com as lacunas de informação que não explicam tudo e que levantam fortes suspeitas de encobrimento de factos. É o caso do The 9/11 Truth Movement, uma organização séria e compenetrada que pretende investigar as raízes do 11 de Setembro e que defende a responsabilidade do Governo americano nos atentados - "inside job".
O sítio http://patriotsquestion911.com/, por exemplo, informa que 140 oficiais superiores das forças armadas, responsáveis de serviços de inteligência e polícias dos EUA põem em causa a versão oficial, assim como 530 engenheiros e arquitectos, 120 pilotos e profissionais da aviação, 300 professores, 210 sobreviventes e familiares das vítimas do 11/Set e 160 artistas e profissionais dos meios de comunicação. Só a título de exemplo, pilotos civis e militares, com larga experiência de voo, consideram que é impossível que os alegados terroristas, manifestamente amadores, tenham conseguido efectuar manobras de extrema complexidade e precisão de cariz militar num avião como um Boeing.
Dylan Avery é um jovem realizador que começou a reunir indícios que apontavam para a possibilidade de os ataques de 11 de Setembro de 2001 poderem não ter sido orquestrados por Bin Laden ou membros da Al Qaeda, mas pelo governo norte-americano ou por altas instituições militares. Esta perspectiva é uma perspectiva verdadeiramente apocalíptica, aterrorizante e, para aqueles que acreditam numa tal democracia, devastadora. Dylan Avery reuniu a informação para colocar em causa a versão oficial dos acontecimentos e lançou o filme na Internet - "Loose Change", considerado o primeiro "blockbuster" produzido especificamente para a rede digital. Na altura, este documentário causou um eco mediático sem precedentes, já que foi visto por milhões de pessoas e comentado por outros tantos. Muitos sugeriram que "Loose Change" não passava de um infindável chorrilho de suposições sem provas. Mas a questão aparenta ser bem mais complexa. Não se trata apenas de devaneios fantasistas oriundas de obscuras teses da conspiração. Algumas das questões levantadas pelo documentário, mais tarde exploradas por outros documentários e analistas, são verdadeiros barris de pólvora que carecem, ainda hoje, de explicação plausível - impacto do avião no Pentágono, razões da derrocada das torres gémeas e da torre 7 do WTC, a não actuação da força aérea militar para impedir os ataques aéreos, as contradições das agências de informação informação dos atentados, a queda ou abate do avião que caiu na Pensilvânia, o som de explosões sucessivas segundos antes da derrocada das torres, entre dezenas de outros assuntos pertinentes.
Dylan Avery levanta fortes dúvidas e coloca em causa, do princípio ao fim, a versão oficial dos acontecimentos. O documentário "Loose Change" vai já na sua terceira e definitiva versão ("Final Cut"). Em cada nova versão, Avery acrescenta novos dados e estuda- novas linhas de investigação. Especulação? Charlatanice? Devaneios? Factos infundados? A política dita séria e institucional também goza destas características. Dylan Avery pode ser um louco fantasista sem remissão, mas quem sabe se um dia a história não lhe dará (parcial ou totalmente) razão pelos argumentos que apresenta. E mesmo que não o documentário não prima por grande rigor factual, "Loose Change" tem pelo menos o mérito de estimular o debate de ideias à volta de um tema sobre o qual, digo eu, dificilmente se saberá algum dia a verdade toda.
Para ver "Loose Change - Second Edition" com legendas em português abrir o link.
PS - Apesar da série de documentários "Loose Change" ser a mais conhecida e comentada, nos últimos anos têm surgido outros inúmeros documentários que apontam explicações alternativas face à versão oficial do 11 de Setembro.
Para ver "Loose Change - Second Edition" com legendas em português abrir o link.
PS - Apesar da série de documentários "Loose Change" ser a mais conhecida e comentada, nos últimos anos têm surgido outros inúmeros documentários que apontam explicações alternativas face à versão oficial do 11 de Setembro.
2 comentários:
Também existe o outro lado da história: http://www.lolloosechange.co.nr/
Se puderes lê A Torre do Desassossego - Lawrence Wright, mas primeira lê a critica que lhe faço no meu blogue
http://www.cemiteriodoslivrosperdidos.blogspot.pt/
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