Philip Glass meets Ruins? É o que parece ao ouvir estes incríveis 9'43'' do projecto Koenji Hyakki, uma banda de formação improvável: bateria, teclado (órgão), guitarra, baixo e... três vocalistas. Esta música é simplesmente extasiante e é preciso ouvi-la até ao fim para perceber quão complexa é a sua estrutura, sobretudo ao nível rítmico, vocal e composicional (não há uma única nota improvisada). Menciono Philip Glass porque a inebriante parte rítmica e as linhas vocais assemelham-se muito às primeiras composições minimais e repetitivas do músico americano, até pela forma como são construídas as progressões das dinâmicas (com obras como "Einstein on the Beach" ou "North Star"); depois, a energia imprimida pela secção rítmica (bateria e baixo), faz lembrar o grupo hardcore japonês Ruins. Uma mistura realmente inusitada mas muito, muito estimulante. Aliás, percebo agora porque é que a Alternative Press disse isto a propósito dos Koenji Hyakki: "This is not only the most brillant of all the contemporary japonese bands, but perhaps, the greatest group currently operating in the world."
1 comentário:
North Star ou o Music in twelve Parts, fabulosos
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