Naomi Klein é uma jornalista que obteve sucesso mundial com o livro "No Logo - O Poder das Marcas", uma perturbante denúncia em forma de livro, sobre o poder comercial das marcas no mundo globalizado, a retórica propagandística das agências de publicidade e os seus lucros obscenos.
Naomi Klein identifica no consumidor um mero portador de código de barras, cego pelo poder sugestivo das marcas e da publicidade, inerte e passivo perante a agressividade da sociedade consumista. "No Logo" era um livro pessimista sobre uma sociedade doente e envenenada com as falsas promessas das empresas económicas mundiais. Uma sociedade que expia os seus pecados através de outros pecados, numa espiral de decadência na qual os políticos têm grande parte da responsabilidade.
Naomi Klein identifica no consumidor um mero portador de código de barras, cego pelo poder sugestivo das marcas e da publicidade, inerte e passivo perante a agressividade da sociedade consumista. "No Logo" era um livro pessimista sobre uma sociedade doente e envenenada com as falsas promessas das empresas económicas mundiais. Uma sociedade que expia os seus pecados através de outros pecados, numa espiral de decadência na qual os políticos têm grande parte da responsabilidade.
A jornalista e escritora lançou o seu segundo livro, também controverso, também denunciador: "A Doutrina do Choque". Klein defende que este livro desmonta e identifica os mecanismos segundo os quais as grande potências mundiais e os grandes interesses económicos conseguem manipular a sociedade de modo a atingir os seus próprios objectivos políticos e económicos. Não poderia ser mais apropriado face à crise financeira e económica mundial vivida nos últimos dois anos.
A "doutrina do choque" é, para Naomi Klein, uma espécie de filosofia política e económica que sustenta que a melhor oportunidade para impor as ideias radicais da economia global é no período posterior ao de um grande choque. Esse choque pode ser uma catástrofe económica (como a actual recessão económica global). Pode ser um desastre natural (como um terramoto ou o furacão Katrina). Pode ser um ataque terrorista (como os que ocorreram nos EUA e na Inglaterra). Pode ser uma guerra (como o Iraque e o Afeganistão)...
O objectivo dos grupos de grande poderio económico mundial é que estas crises, esses desastres, esses choques abrandem a sociedade. Desorientem as pessoas e as deixem numa espécie de adormecimento latente de forma a não questionarem as decisões dos políticos e a estrutura do capitalismo global.
Como complemento do seu livro, Naomi Klein convidou o realizador mexicano Alfonso Cuarón, autor do muito interessante filme "Filhos do Homem" (2006) para realizar um curto documentário (6 incisivos minutos) que pretende fazer uma síntese ideológica das teses defendidas em "A Doutrina do Choque". O filme começa nas técnicas de choque dos prisioneiros da CIA para acabar nas regras nefastas do mercado económico ultra-liberal à escala global.
Vale a pena ver para reflectir em que raio de mundo estamos.A Terapia do Choque, realização de Alfonso Cuarón:
1 comentário:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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