Sem grandes surpresas, o disco de vinil resiste. Não só sobreviveu à avalanche do consumo musical digital (na era do leitor de mp3), como continua a aumentar o índice de vendas. Cada vez há mais compradores e mais edições discográficas de vinil. A velhinha rodela preta (e de outras cores!) sobreviveu à intempérie da cultura digital e, após alguns anos de sobrevivência algo periclitante, o culto do vinil ressurgiu em força no mercado. Apesar de ainda se manter longe do número de vendas dos CDs e da compra online de ficheiros em mp3, a verdade é que as estatísticas revelam que o vinil tem cada vez mais adeptos e as vendas não têm parado de subir (é o que diz o jornal El Mundo). Moda passageira? Revivalismo? Manifesto amor ao objecto? Um culto circunscrito aos coleccionadores nostálgicos? Talvez um bocadinho de tudo isto e algo mais.
Há longos anos que não compro um disco de vinil. Quem sabe agora apanhe este fenómeno em crescendo e volte a sentir a motivação de entrar numa boa loja de discos em segunda mão (e em Portugal há umas quantas bem interessantes) para voltar a colocá-los no gira-discos. Em boa verdade, não há sensação auditiva melhor do que sentir o deslizar da agulha na rodela preta (mesmo quando apanha riscos pelo meio). Foi assim que aprendi a gostar de música.
1 comentário:
Compro só algumas edições (às vezes mesmo quando tenho esse álbum em cd), pois não ouço música só em casa e o cd é mais prático, mas sim, vinil é outro mundo.
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