Em Setembro próximo assinalam-se 102 anos do nascimento de Raymond Scott (1908 - 1994), um dos mestres musicais mais polivalentes do século XX. E quando me refiro a polivalente refiro-me ao facto de Scott ter sido, durante décadas (dos anos 50 aos 80): músico de jazz, orquestrador, inventor de instrumentos electrónicos (colaborou com Robert Moog), sonoplasta, engenheiro electrónico, pianista, percursor dos estúdios de música electrónica (nos anos 50!) e de música de computador (quando os computadores eram uma excentricidade cara que ocupavam o espaço de uma sala inteira).
Destacou-se, igualmente, como um inovador compositor de bandas sonoras para cartoons da Looney Tunes (Bugs Bunny, Daffy Duck...), juntamente com Carl Stalling e Spike Jones.
Em suma, Raymond Scott foi uma das figuras mais originais e influentes da música da segunda metade do século passado, um visionário possuidor de uma criatividade e engenho únicos. O seu génio fez-se (faz-se, ainda) sentir numa vastíssima legião de músicos, de bandas e de campos de criação musical muito diversificados: do rock ao jazz, da electrónica experimental à electro-acústica, da pop à vanguarda, do easy-listening à composição musical para cinema e audiovisual.
Em suma, Raymond Scott foi uma das figuras mais originais e influentes da música da segunda metade do século passado, um visionário possuidor de uma criatividade e engenho únicos. O seu génio fez-se (faz-se, ainda) sentir numa vastíssima legião de músicos, de bandas e de campos de criação musical muito diversificados: do rock ao jazz, da electrónica experimental à electro-acústica, da pop à vanguarda, do easy-listening à composição musical para cinema e audiovisual.
A música de Raymond Scott ajudou a desenvolver o imaginário de músicos tão diferentes como Hal Wilner, DJ Spooky, Henry Rollins ou David J, dos Bauhaus e Love and Rockets, que referem: "As for millions of other kids raised on Bugs and Daffy, Raymond Scott's wonderful idiosyncratic music seeped into my childhood subconscious and never left. It became the abstract soundtrack to my-dreams."
Há dois anos, no centenário do seu nascimento, o seu filho Stan Warnow (realizador) realizou um documentário sobre a vida e sobre o imenso legado de seu pai. Chama-se "Raymond Scott: On To Something" e vai trazer, com toda a certeza, mais visibilidade a um autor e a uma obra que merecem um reconhecimento mais alargado.
3 comentários:
Me encantam muito as boas bandas sonoras, a do Looney Tuner é uma marca na infância de muitos, inclusive na minha.
Cá no Brasil tínhamos um excelente podcast sobre cinema e, em uma de suas postagens, fizeram um especial sobre bandas sonoras. Se não me engano falaram de Raymond Scott e as trilhas para cartoons. Era muito divertido, infelizmente acabou.
Aos 1:12 min fica explicada a origem de uma das músicas mais importantes da minha adolescência! "Bus to Beelzebub" dos Soul Coughing é toda construída sobre um sample do tema que ouvimos aqui, aparentemente escrito para um episódio do Roadrunner. Está explicado! Bip-Bip!
Manhatan Research, é uma obra prima do mais fantástico que já ouvi
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