![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj16cOd8_5ctIezBkxNc3PPdePGimuaUlYdlIxhco7olnWx00iB-FJFGgejZ79leXEPukXEQ7PLTvcMFewif-1BCHvUhcGVLGvnQyYiqRJ0_h7MgH2DQeSXskY1OhIM-sDNR5QzsQhF5GU/s400/47225_104299389629274_100001476407174_31326_1349758_n.jpg)
Não é um grande filme apenas por ter uma altíssima definição e qualidade de imagem derivada do formato digital. Não é um grande filme apenas por ter uma extraordinária fotografia, uns movimentos de câmara em estado de graça ou uma interpretação arrasadora de intensidade de Cláudio da Silva (como Bernardo Soares). Não é um grande filme apenas porque vai ao mais fundo da prosa emocional e inquieta de Fernando Pessoa.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjurEVS3HifwmHKgjR9dgdzcXmrTu_GVYEVUZVaUKfcWMVcsHruFCO_MegtmfsBKyyWtksLrKItAXarJRgJq4DYHeZW94iniy1Nzqmk1pxkX6EghMs9B794IpdoF5XlDM_A46LErcOQPyw/s400/Filme_do_Desassossego_%25288%2529.jpg)
É também um grande filme porque congrega a luz e a sombra, mistura a música e a palavra, redefine a narrativa em fragmentos unidos por um riquíssimo universo literário.
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É também um grande filme porque congrega a luz e a sombra, mistura a música e a palavra, redefine a narrativa em fragmentos unidos por um riquíssimo universo literário.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilUbfns_L9cKHbMT05_RxiUVJn_pOZyCsVWmhG1wsp9mEu7lo7_8OIzITNazVEv-VUEoi-kVHLSGAD_3e5mIX8WAa0g8tcIyArBmI8HwJl8t_773MJxA2uLC8_LmziARgIxtarc8HfDzI/s400/filme_desassossego_1.jpg)
É também um grande filme porque João Botelho soube dar ênfase à essência da vida misantropa e sofrida de Bernardo Soares, esse ser errante por uma Lisboa com "ópio na alma". Um filme de uma espantosa mise-en-scène, de um exigente formalismo estético, de tensão e distensão, de visões e fantasmas, de corpos e sons.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxn6nn5R16PYPuzfPXL6KxkeDkCqsEkr6z6SWCZhe0ZDfRVgjrokjlL7oLtwLw45tuE9iBAnPzcqGMavcwX4kXWk7s1QD0Cm-Kyq59OQz2GjcN99wpWGydD1_WlxyREbeQwwUAt72Drs/s400/desassossego2.jpg)
"O Filme do Desassossego" é, por isso, um filme desassossegado que intriga e desafia o espectador, que rompe com uma certa linguagem acomodada da montagem, que cria uma nova ideia da composição plástica das imagens, que edifica uma ponte sólida entre a palavra, o sonho, a realidade, o medo, e a catarse do espírito humano.
Uma experiência audiovisual inesquecível.
Obrigado Fernando Pessoa.
Obrigado João Botelho.
5 comentários:
Olá,
É um novo filme ? Interessa-me saber.
Até agora só vi "O Livro do Desassossego" do semi-heterónimo Bernardo Soares adaptado ao teatro (em Francês ).
Não foi João Botelho quem realizou um " Adeus Português" ? Estou agora à nora com a minha memória.
Nuno
Nuno: sim, o "Tempos Difíceis" é do Botelho. Este filme é baseado no livro homónimo do Pessoa.
Vê aqui o site oficial -http://www.ardefilmes.org/filmedodesassossegopt.html
Nuno: sim, o "Tempos Difíceis" é do Botelho. Este filme é baseado no livro homónimo do Pessoa.
Vê aqui o site oficial -http://www.ardefilmes.org/filmedodesassossegopt.html
Que grande colecção de lugares-comuns que conseguiste aqui alinhavar! O Pessoa não o mereceia...
merecia, bien sure.
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