Polanski é um cineasta da inquietude, do mal-estar psicológico e das perversões da mente humana. Pelo menos no início da sua (atribulada) carreira. Filmes como “Rosemary’s Baby”, "Cul de Sac", “Repulsa”, “Faca na Água”, “O Inquilino” ou “Lua de Mel, Lua de Fel” provam esta premissa.
Apesar deste gosto pela exploração dos instintos mais obscuros da condição humana, Polanski fez uso, em igual medida, de um refinado humor negro e surreal. É esta faceta que é patente numa das suas primeiras curtas-metragens: “Dois Homens e um Armário”, um exercício cinematográfico do final dos anos 50 (mas que prenunciava já todo o talento do cineasta de “The Ghost Writer"), ainda quando Roman Polanski era estudante de cinema na cidade polaca de Lodz.
A história de "Dois Homens e um Armário", surreal quanto baste, começa com a situação insólita de dois homens que saem do mar com um armário às costas. A perplexidade perante esta primeira cena deixa o espectador colado às imagens até ao final do filme (de apenas 15 minutos, primeira e segunda parte):
1 comentário:
Já vi e gosto imenso, cheio de deliciosos pormenores. Um belo final.
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