Alvin Toffler esteve pela primeira vez em Portugal para participar no III Congresso da Ordem dos Biólogos, sobre “Bioeconomia”, que decorreu na Reitoria da Universidade de Lisboa. Toffler é um dos mais importantes e influentes ensaístas da segunda metade do século XX. Nos anos 70 intuiu, com rara inteligência, os contornos sociais e políticos da nova sociedade moldada com base na tecnologia e na globalização cultural. Os seus livros constituíram autênticos paradigmas de pensamento (não sem contestação, realce-se) sobre o impacto da comunicação tecnológica de massas nas sociedades mdoernas. “O Choque do Futuro” e “A Terceira Vaga” são os títulos mais conhecidos e reconhecidos de Toffler. Em Portugal dissertou sobre vários assuntos, como política ("vou votar Obama"), publicidade ("as crianças deveriam ser ensinadas na escola sobre como ver e interpretar a publicidade") e educação ("o modelo actual de escola está falido e tem de ser repensado com vista a responder aos desafios da sociedade moderna"). A verdade é que Alvin Toffler não trouxe nenhuma novidade ao mundo com estas declarações, uma vez que são já ideias defendidas por outros autores. O modelo da educação ocidental convencional tem sido rebatido desde os anos 60; os psicólogos infantis mais esclarecidos já alertaram, há muito tempo, para os efeitos nefastos da publicidade e da inerente sôfrega sociedade consumista. Só não se sabia ainda que Toffler iria votar Obama. Mas quem é que nos EUA - e não só - não está excitado com a ascendente carreira política de Barack Hussein Obama?
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