segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

The Soft Machine - maquinaria ao rubro


Conheço a banda há longos anos. Praticamente de nome. The Soft Machine. É o nome de uma banda que no final dos anos 60 marcou o definhar do psicadelismo, liderada pelo carismático vocalista e baterista Robert Wyatt (ficou paraplégico devido a um acidente, facto que não o impediu de prosseguir uma brilhante carreira musical a solo até hoje). O nome da banda foi retirado de um livro com o título homónimo do grande William S. Burroughs. Impulsionado por uma crítica no último Ípsilon (afinal a crítica musical ainda faz sentido) que referia a reedição de "duas obras-primas" do grupo rock The Soft Machine, resolvi adquirir o primeiro disco deles (a capa aqui reproduzida). Ouvi uma vez, duas vezes e pensei: este é um disco com 40 anos e mantém uma espantosa actualidade estética. Como andei arredado tanto tempo deste cometa que surgiu tão depressa quanto se extinguiu? Mas nunca é tarde demais para ficar a conhecer objectos musicais que valem a pena. A partir de um tema do primeiro álbum, os The Soft Machine partem para uma incrível improvisação cujo resultado é um devaneio musical que tem tanto de rock como de jazz. Robert Wyatt, jovem e ainda sem barbas, assume a liderança, com a sua inigualável voz e o seu frémito rítmico na bateria:

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