“Videodrome” (1983) é porventura o filme mais radical de David Cronenberg. Uma mistura explosiva entre elementos de ficção científica, terror, sexo, violência e surrealismo. Uma crítica avassaladora da sociedade dominada pela massificação agressiva da televisão. Vísceras, alucinações, terror psicológico, mutações do corpo – o corpo como prolongamento da tecnologia. É um dos primeiros filmes a questionar o papel da televisão na sociedade moderna, num registo de visão exacerbada de como o ecrã pode manipular a mente humana. “Videodrome” é uma alegoria da caverna platónica, um campo de jogo em que o lado negro e aterrador assume proporções irreais e terríveis. O que é real e o que é imaginado? A televisão como religião manipuladora (não falta um pregador que anuncia uma nova etapa da evolução humana através de raios catódicos emitidos por um canal de televisão - Videodrome). Esse pregador medonho chama-se Brian O’Blivion (esquecimento) e o seu discurso profético é esclarecedor:
“A tela da televisão é a retina da mente. Portanto, a tela da televisão é parte da estrutura física do cérebro. O que aparece na tela da televisão surge como pura experiência para aqueles que assistem. Portanto, a televisão é a realidade e a realidade é menos do que a televisão. Acho que doses maciças do sinal do Videodrome criarão um novo desenvolvimento do cérebro humano, que produzirá e controlará a alucinação a ponto de mudar a realidade humana. Afinal, não há nada real, além de nossa percepção da realidade."
Estas observações dariam pano para mangas de análise numa cadeira de sociologia ou filosofia da comunicação.
“A tela da televisão é a retina da mente. Portanto, a tela da televisão é parte da estrutura física do cérebro. O que aparece na tela da televisão surge como pura experiência para aqueles que assistem. Portanto, a televisão é a realidade e a realidade é menos do que a televisão. Acho que doses maciças do sinal do Videodrome criarão um novo desenvolvimento do cérebro humano, que produzirá e controlará a alucinação a ponto de mudar a realidade humana. Afinal, não há nada real, além de nossa percepção da realidade."
Estas observações dariam pano para mangas de análise numa cadeira de sociologia ou filosofia da comunicação.
4 comentários:
Ainda não conhecia seu espaço na blogosfera, vou dar uma conferidsa geral depois. Vou linkar no mue blog, ok?
vlw!
Felipe: be my guest!
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