quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

ARCO - a arte vanguardista em Madrid


A 27.ª edição da ARCO - Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid, abre hoje com a presença de 295 galerias de 34 países (Portugal incluído). A única vez que estive numa feira da ARCO foi há quase 10 anos. Impressiou-me a grandiosidade da Feira, a diversidade de galeristas e de propostas artísticas representadas. Eram milhares de pessoas de todas as nacionalidades que circulavam pelo imenso espaço físico da Feira. Uns curiosos, outros peritos em arte contemporânea, outros meros turistas. Mas notava-se também que a ARCO, por ser um evento mundialmente famoso, resulta numa feira de negócios e de vãs vaidades, quer por parte de artistas que se julgam o supra-sumo da arte, quer por parte de certos visitantes que se vestem e comportam como se estivessem num desfile de John Galliano. O orçamento é brutal, perto de 10 milhões de euros. Compreende-se. A Feira é uma montra global, e alcançou um estatuto ao longo dos anos que lhe permite defender a ideia de que se trata da exposição mundial de arte mais contemporânea e vanguardista. Não tenho a certeza que assim seja. Por lá podemos observar todas as correntes actuais de expressão artística contemporânea - das mais abstractas, híbridas e conceptuais, às mais acessíveis e convencionais. Ainda assim, visitar a ARCO e fruir todas aquelas propostas artísticas vanguardistas e polémicas (não há ano em que não haja uma provocação artística com projecção mediática) não deixa de ser uma experiência enriquecedora.

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