domingo, 17 de fevereiro de 2008

Clássicos contados às crianças


O semanário SOL está a editar, com o apoio do Millennium BCP, uma excelente colecção de clássicos da literatura portuguesa contados às crianças. A editora associada a esta louvável iniciativa é a Edições Quasi. A coleccção é composta de 12 livros de capa dura com títulos clássicos de escritores como Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Júlio Dinis, Almeida Garrett ou Camilo Castelo Branco. Os livros são adaptados por escritores contemporâneos (Possidónio Cachapa, Rosa Lobato de Faria, José Luís Peixoto) numa linguagem acessível e directa para as crianças (sem ser infantilizada). Complementarmente, as ilustrações são de grande qualidade, potenciando a imaginação. O primeiro livro lançado, “Os Maias”, com uma excepcional adaptação de José Luís Peixoto, é a prova de que se trata de uma colecção a adquirir por pais, educadores e professores. Uma óptima oportunidade para iniciar as crianças no universo da literatura clássica portuguesa.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Vitor Afonso

O excerto abaixo, que subscrevo, foi retirado de outro blog, mas resume bem o que penso sobre o assunto...

O escritor argentino Alberto Manguel não acha "necessárias" as adaptações de clássicos para crianças. "Por que uma criança deve ser obrigada a ler obras clássicas? Ela pode começar a ler livros próprios para sua idade e, depois de crescida, chegar a Shakespeare.

A verdade é que hoje a literatura infantil é tão rica que não percebo a necessidade que alguns (pais?) têm de comprar clássicos adaptados?
Numa livraria ou numa boa biblioteca encontramos dezenas de livros escritos a pensar no publico infantil. Os escritores (Ducla soares, Manuela Bacelar, Jorge Letria) e as editoras (GataFunho, Kalandraka, OQO) multiplicam as suas publicações e conseguem fazer com que um adulto fique vidrado em obras infantis. Será por efeito de compensação que se quer que as crianças comecem a ler o que é dos adultos?

Artur Abreu

Unknown disse...

Obrigado pela sua contribuição sobre este tema.
Tem razão na argumentação: há excelente literatura infantil, não seria necessário efectuar adaptações de clássicos que é literatura para adultos. Mas também não me parece que venha mal ao mundo que haja adaptações de clássicos para crianças, desde que: as adaptações sejam de grande qualidade (a todos os níveis: formais e de conteúdo). E pelo que conheço desta colecção, as adaptações são muito boas, concebidas com grande cuidado e por escritores credenciados.
VA

Claudia disse...

Confesso que me perco por literatura infantil. Principalmente se acompanhada de ilustrações que nos fazem sonhar. O que é o caso desta colecção da Quasi. Mal os adquiro tenho que os ler e olhar logo de seguida!