Eis dois brilhantes filmes sobre o fenómeno da rádio em tempos idos: "Talk Radio" (1988) de Oliver Stone e "Radio Days" (1987) de Woody Allen.
Ambos são pouco conhecidos e referenciados na filmografia de cada um dos realizadores, mas são duas obras belíssimas sobre o impacto que a rádio, como órgão de comunicação, teve durante décadas junto da sociedade. Vi-os na altura das respectivas estreias e nunca mais os revi, mas recordo-me de ter gostado muito deles, cada um à sua maneira e com abordagens distintas.
O filme de Oliver Stone passa-se quase todo num estúdio claustrofóbico de uma estação de rádio de Nova Iorque, com um radialista nocturno que conta as mais mirabolantes histórias. Pelo meio há conversas controversas com ouvintes, facto que conduz à questão: qual é o verdadeiro limite comunicacional da rádio?
O filme de Woody Allen, por sua vez, procura abordar o papel da rádio nos tempos gloriosos dos anos 30 do século XX, quando era o principal meio de comunicação com a sociedade. O teatro radiofónico começava a despertar e a rádio era fonte de informação e entretenimento por excelência. Uma comédia de Woody Allen no seu melhor.
Dois filmes que olham para o fenómeno radiofónico sob olhares diferentes (mas ambos acutilantes) numa época em que a rádio perdeu muito do seu encanto e poder de sedução fruto de múltiplos factores.
2 comentários:
Confesso que quando ouço rádio fora do carro por vezes me viro instintivamente à procura do ecrã de televisão.
Ouvir rádio é um hábito que se perdeu.
johnny guitar,
VIDEO KILL THE RADIO STAR
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