É provável que geração do mp3 não faça ideia do que é este objecto (ok, é um exagero, mas...). Mas este Walkman da Sony (e muitos outros modelos subsequentes), que agora comemora 30 anos, marcou a história dos objectos culturais do século XX. Está para a música analógica como o i-Pod para a era digital. No fundo, ambos desempenharam a mesma função - a de dar música, mas com características muito distintas.
O que teria sido da minha geração sem o Walkman com as velhinhas cassetes áudio que funcionavam a pilhas? O que seria das férias de Verão, quando era adolescente, sem que pudesse levar a música portátil para ouvir algumas das minhas 1000 K7's? Teria sido muito difícil de suportar um mês sem música, certamente. Nos tempos que correm, este objecto é arqueológico, mas faz parte da nostalgia de consumo musical. Com o Walkman (outro modelo que não este) ouvi muita música nos anos 80 e gastei centenas de pilhas. A mudança de cassetes era todo um ritual, para ouvir aquele álbum ou aquele artista:
Half Man Half Biscuit, Test Department, Red Lorry Yellow Lorry, Captain Beefheart, Devo, Philip Boa and the Voodoo Club, Death in June, The Triffids, Robert Ashley, George Crumb, Christian Death, Dissidenten, Front 242, Camper Van Beethoven, Beatnigs, Anne Clark, Dif Juz, 23 Skidoo, The Wolfgang Press, Asmus Tietchens, in The Nursery, SPK, And Also The Trees, The Band of Holy Joy, John Adams, Elliott Sharp, Butthole Surfers, Mick Karn, Minimal Compact, Hugo LArgo, Graeme Revell, Rapeman, Coil, Steven Brown, Felt, The Residents, Can, Holger Czukay, The Feelies, Art Zoyd, Miso Ensemble, Meredith Monk, Nurse With Wound, Laibach, Christian Marclay, Harold Budd, Robert Fripp, Lights in a Fat City, Jon Hassel, Somei Satoh, Cathy Berberian, La Monte Young, Henry Cow, Negativland, Clock DVA, Biota, Moroccan Trance Music, Demetrio Stratos, Sixth Comm, Z'Ev, Skinny Puppy, Milton Babbit, Clair Obscur, Swans, Virgin Prunes, Hector Zazou, Bill Frisell, Chalres Mingus, Holger Hiller, The Gun Club, Sol Invictus, Barry Adamson, Cranioclast, Lydia Lunch, O Yuki Conjugate, No Means No, Lou Harrison, Psychic TV, Muslimgauze, Foetus, Delerium, Non, Anarband, Andrew Poppy, David Fulton, Zoviet France, Wire, Elvis Costello, Tom Cora, Faust, Von MAgnet, God, Ravi Shankar, Osso Exótico, Harry Partch, Pauline Oliveros, The Fall, Painkiller, Nicolas Collins, Peter Frohmader, David Sylvian, Kronos Quartet, Zap Mama, Jarboe, Sainkho, Jorge Reyes, Loop Guru, Carlos Zíngaro, Jane's Addiction, Ocaso Épico, Boyd Rice, FM Einheit, Alvin Lucier, Dinossaur Jr., Lush, Pengui Cafe Orchestra, Fred Frith, Pascal Comelade, Organum, Loop, The Hafler Trio, Cecil Taylor, Ala Stivell, Delerium, Tony Oxley, Pigface, Godflesh, Big Black, La Fura Dels Baus, Brian Eno, HIST, Arcace Device, Smegma, Fugazi, John Cage, Rollins Band, Yo La Tengo, John Cale, Masada, Scorn, Luciano Berio, Robert Rich, Pierre Boulez, Dead Kennedys, Telectu, Lard, Caspar Brotzman, XTC, etc, etc, etc.
E as cassetes apodrecem na gararem...
6 comentários:
A sony foi uma p... com o walkman.Para saberes a verdadeira história procura por Andreas Pavel ou Stereobelt na wikipedia e vais ver como agradeceres a sony pelo walkman é igual que nos anos 60 agradecer ao Salazar pela liberdade.
Amebix: não me interessa o que fez esse Andreas Pavel ou saber as histórias menos honestas da Sony. O que me interessa é o objecto Walkman propriamente dito e o que facultou na minha formação musical durante largos anos. E essa comparação com o Salazar acho muito exagerada e despropositada...
que lista !!!
- lembra-me muito particularmente The Gun Club e até Cramps.A Unesco devia considerar a hipótese - de tb isto vir a ser memória colectiva ou património da humanidade ; mas coloca-se a questão só o leitor per si ou as "pilhas" de cassetes que restam pelos domicílios.
renaldo v
Saudades...é o ciclo da vida...
Lembro-me bem das Sony UX90 onde cabia um album de cada lado.
Das cirurgias que, de vez em quando, tinha de realizar ás k7's que enrolavama fita.
Da dificuldade em encontrar companheiros de gosto musical com quem trocar de musica.
Agora, está tudo à distância de um clique do rato.
Victor:Desculpa o exagero de meter o Salazar mas tinha passado a semana toda a ver artigos(no público,por exemplo)a dizer que a Sony inventou o walkman e fiquei um bocado chateado com os jornalistas que chapam tudo o que a "casa" manda.Quanto aos walkman recordo os passeios na Venezuela a ouvir o "triller" nos ranchos e as cassetes punk que comprava ao Rui(dos inkisição)nos anos 90 e que acompanhavam as viagens.
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