Descobri ontem que a mais vanguardista das revistas de música - dedicada às correntes experimentais da música contemporânea - The Wire, fez um dia capa com Michael Jackson, a propósito da edição do álbum "Black or White" (1991). Juraria impensável, mas aconteceu. Hoje, dada a especificidade editorial da revista, seria totalmente impossível uma capa com Michael Jackson. Os tempos são outros.
4 comentários:
Na verdade o álbum chama-se "Dangerous", que é bem melhor do que á partida pode parecer.
Talvez o mais importante a destacar, e não levar isso para o campo do "impensável", é que eles souberam reconhecer nele valor para lhe dedicarem a capa da edição. É que depois de 1991 e dadas as polémicas, a maior parte dos agentes de divulgação musical, cultural e da especialidade pura e simplesmente o relegaram para um canto por vergonha de o mencionarem até.
Assim entendo isto desta maneira: ainda bem que a Wire o fez e em altura merecida!
O MJ foi realmente grande e merecia ter sido tratado com mais respeito pela música que fez e também pelo enorme contributo que deu ao mundo da música e do espectáculo.
E claro, depois de rei morto, lá se regresou a ouvir o que ele fez e agora o reconhecimento está dado nos tops até...
Claro que ninguém retira valor ao Michael Jackson, sobretudo pelos álbuns "Off The Wall" e "Thriller", contributos decicivos para a música pop. Uma coisa que pouca gente se lembra de dizer é que, se não fosse o enorme contributo do músico e produtor Quincy Jones, o MJ não teria sido o que foi.
A capa era mais improvável agora, já que na altura a THE WIRE estava numa fase de transição e convém não esquecer que começou por ser uma revista sobre jazz. E com Quincy Jones como produtor... Estranho é ele não ter feito mais nada digno de registo.
Mau de mais...
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